“Inimigos” de Bolsonaro são agora os maiores aliados. E de graça
A questão mais importante para o governo Bolsonaro, neste momento, é a reforma da previdência.
Se não for aprovada, o Brasil vai explodir numa crise econômica.
Podem apostar: a palavra impeachment vai voltar a circular.
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É uma reforma impopular – e foi impopular em todos os países do mundo que tiveram que mexer nas aposentadorias para evitar o colapso das contas públicas.
Quem está ao seu lado neste momento enfrentando a polêmica?
Os militares e políticos? Os sindicatos? Os eleitores que o elegeram? Os funcionários públicos?
Não: quem está ao seu lado são justamente aqueles a quem Bolsonaro chama de inimigos, que teriam interesse em derrubá-lo.
São os principais veículos de comunicação como Veja, Globo, Folha ou Estadão.
Basta ler seus editoriais e principais comentaristas.
Há críticas pontuais. Exemplo: prejudicar os mais pobres que se aposentam, exigindo que tenham 70 anos de idade.
Mas, em essência, o apoio é quase unânime.
Mesmo sabendo que a reforma não é popular.
Estão do seu lado porque estão ao lado da racionalidade – e do Brasil.
Sabemos que sem a reforma da previdência Bolsonaro quebra – mas o país também quebra.
Eu mesmo estou apanhando pelo vídeo que fiz defendendo a reforma.
Aliás, sou dos que acham que a reforma não pode prejudicar os mais pobres, cortados em seu benefício depois dos 65 anos – passariam a ganhar apenas R$ 400,00.
Não faz mal. Não me arrependo de apanhar pelo o que acredito.
Não gosto de Bolsonaro.
Mas gosto do meu país – e sei fazer contas, vendo que, sem a reforma, os pobres serão os maiores prejudicados.