Milícias provocam péssima surpresa a Bolsonaro na visita a Trump

Por: Redação

Nas vésperas de sua viagem aos Estados Unidos, a HBO transformou Jair Bolsonaro em motivo de deboche mundial por causa do vídeo pornô do Carnaval e da pergunta sobre Golden Shower.
A pior surpresa, porém, será provocada pelas milícias.
Parlamentares do Partido Democrata, que controla a Câmara, estão preparando uma carta para ser lançada durante seu encontro com Donald Trump.
Segundo a repórter Mariana Dias, da Folha, a carta vai mostrar a ligação de Bolsonaro e de sua família com as milícias, suspeitas do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Também devem ser feitas referências de Bolsonaro à comunidade negra e LGBT.

O jornal “New York Times”, um dos mais influente do mundo, destaca a coincidência de um dos suspeitos pela morte da vereadora Marielle Franco morar no mesmo condomínio que o presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de não haver nenhuma ligação de Bolsonaro com o PM reformado Ronnie Lessa –acusado de ser o responsável pelos tiros que matou Marielle-, o jornal americano lembra do envolvimento do clã Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro.

Ronnie Lessa, à esquerda, e Elcio Vieira de Queiroz foram presos na terça-feira acusados pela morte de Marielle
Créditos: Divulgação
Ronnie Lessa, à esquerda, e Elcio Vieira de Queiroz foram presos na terça-feira acusados pela morte de Marielle

“O Sr. Lessa foi detido em sua residência em um condomínio de luxo à beira-mar no bairro da Barra da Tijuca. O complexo fechado abrigava o presidente Jair Bolsonaro até que ele se mudou para a capital no início deste ano”, aponta a reportagem assinado pelos jornalistas Ernesto Londoõn e Lis Moriconi, destacando que os investigadores do caso não apontam conexão entre este fato e o assassinato.

A reportagem também aponta que “a família de Bolsonaro está sob escrutínio por seus laços profissionais e pessoais com suspeitos de atuar como milicianos.”