Procurador que chamou ONU de imoral vai apurar mortes da ditadura

A ministra Damares Alves (Família e Direitos Humanos) convidou o procurador da República de Goiás Ailton Benedito para assumir um cargo na Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos.

A informação foi confirmada à revista Época pelo próprio procurador, que disse ter aceitado o convite.

O procurador da República de Goiás Ailton Benedito tem histórico de controvérsias no MPF-GO e nas redes sociais.
Créditos: Divulgação/MP-GO
O procurador da República de Goiás Ailton Benedito tem histórico de controvérsias no MPF-GO e nas redes sociais.

Ailton Benedito é conhecido por posições polêmicas.

Em 30 de março, ao compartilhar uma reportagem sobre as declarações do relator da ONU Fabián Salvioli de que era “imoral e inadmissível” a comemoração do golpe militar de 1964, o procurador escreveu  no Facebook: “A ONU é imoral”.

Em 14 de março, ele também postou: “Esquerdistas são bactérias cadavéricas da política. Precisam de ração diária de cadáveres de pessoas inocentes, para alimentar sua ideologia criminosa. No Brasil, eles devoram 164 cadáveres de brasileiros assassinados diariamente, 60 mil por ano, 500 mil na última década.” Questionado se dará sequência aos trabalhos da comissão disse que “quando sair a designação, poderei falar a respeito.”