PT diz que vai processar Bolsonaro por vídeo que celebra ditadura

O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados, afirmou que o partido tomará medidas legais contra o presidente Jair Bolsonaro pela divulgação pelas redes sociais de um vídeo que exalta o Golpe Militar de 1964, que completou 55 anos neste domingo.

“Nesta segunda-feira tomaremos todas as medidas cabíveis contra a divulgação, por meios oficiais da Presidência da República, de um vídeo apócrifo exaltando um golpe que rasgou a Constituição, fechou o Parlamento e causou a morte e prisões ilegais de milhares de brasileiros”, disse Pimenta pelo Twitter.

“Ao divulgar tal vídeo, usando meios institucionais da Presidência, @jairbolsonaro violou o juramento de respeito à Constituição. Os responsáveis por tal medida terão que se explicar perante o Judiciário”, acrescentou o líder petista.

O vídeo em questão foi divulgado pelo Palácio do Planalto em um dos canais oficiais de WhatsApp da Presidência da República.

O texto, sem assinatura, usa a mesma justificativa empregada por Bolsonaro para defender o golpe, a de que o Brasil “caminhava para o comunismo”.

Numa narrativa truncada, o locutor diz aos jovens para pesquisar o que realmente aconteceu e que 1964 era um tempo de “medo e ameaças” vindas do risco de comunismo.

“Foi aí, conclamado por jornais, rádios, TVs e principalmente pelo povo na rua —povo de verdade, pais, mães, igreja— que o Brasil lembrou que possuía o Exército nacional e apelou a ele. Foi só aí que a escuridão graças a Deus foi passando e fez-se a luz”, diz o narrador, não identificado, que acrescenta: “O Exército nos salvou, o Exército. Não há como negar”.

Em notal, Secretaria de Imprensa diz que o governo não produziu o material nem sabe quem produziu.