Valor:Planalto tem deixar de dar tiros no pé para encarar reforma
O projeto de reforma da Previdência enviada pelo Planalto ao Congresso traz mudanças institucionais importantes, mas vai exigir um esforço do governo na articulação política.
O jornal “Valor”, em seu editorial, diz que alguns pontos da reforma “extrapola objetivos para fora do campo da Previdência”, o fim da multa de 40% do FGTS para aposentados que continuam no mercado e que forem demitidos e que nada tem a ver com a Previdência.
Outro ponto da reforma abordado pelo Editorial é como aposentadorias e pensões de servidores públicos, que “deixará de ser inscrito no texto constitucional e passará a ser objeto de projeto de lei complementar”.
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“Com isso elimina-se a barreira dos 308 votos favoráveis, com dois turnos nas duas Casas, que desencoraja e dificulta alterações no regime que beneficia o funcionalismo em relação aos demais contribuintes, que lhes pagam a aposentadoria, sem, no entanto, usufruir de suas benesses”, diz o texto.
Para o jornal, a “proposta de Bolsonaro, no fim das contas mais dura que a elaborada pela equipe do presidente Michel Temer, exigirá um esforço coordenado e definição estrita de prioridades sobre os pontos que são acessórios e podem ser mudados ou eliminados por negociação, e os que constituem o núcleo da reforma, nos quais deve-se evitar ao máximo mudar”.