Arqueologia, história da humanidade e cinema durante a mostra “MAIA”

Exibições acontecem em duas salas do Cinusp com entrada gratuita

Klaus Kinski, o “Don Lope” em “Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972).

Em sua terceira edição, a mostra cinematográfica “MAIA” já tem data marcada para acontecer no Cinusp. De 25 de novembro a 1º de dezembro, as duas salas – Cidade Universitária e Maria Antônia – exibirão filmes com foco no universo arqueológico.

O objetivo do evento é revelar as muitas facetas da arqueologia e sua contribuição substancial para a história da humanidade, além da capacidade de dialogar com a linguagem cinematográfica. “Aguirre, a cólera dos deuses”, dirigido pelo alemão Werner Herzog, apresenta uma expedição organizada por colonizadores espanhóis que buscam “El Dorado” – lendária cidade construída em ouro maciço – na Amazônia. Já “Histórias de Morar e Demolições” documenta o confronto entre as memórias de lugar e as constantes injunções do mercado imobiliário. Ambos os trabalhos refletem vestígios arqueológicos que promovem debates em diferentes âmbitos.

Veja abaixo mais informações sobre alguns destaques da mostra MAIA:

Datas: 25 e 29/11 (Cidade Universitária); 30/11 (Maria Antônia)
Horários: 19h, 16h e 20h, respectivamente
Direção: Werner Herzog
Informações técnicas: Alemanha, 1972, cor, digital, 93’. Classificação – 14 anos
Sinopse: No início do século XVI, algumas décadas após o extermínio do Império Inca, o conquistador espanhol Gonzalo Pizarro lidera uma expedição ao Peru em busca do Eldorado, a mítica cidade do ouro. Mas ameaças surgem de todos os lados, nada sai como o planejado e o número de baixas só aumenta. Entre os homens que restam da expedição está Dom Lope de Aguirre, que enlouquece e sonha conquistar toda a América do Sul.

http://youtu.be/4nW5dlAMDMs

Datas: 26 e 27/11 (Cidade Universitária); 1/12 (Maria Antônia)
Horários: 16h, 19h e 18h, respectivamente
Direção: André Costa
Informações técnicas: Brasil, 2007, cor, digital, 56’. Classificação – Livre
Sinopse: Quatro famílias paulistanas estão de mudança. Suas casas foram vendidas para um incorporador imobiliário e serão demolidas. Para fixar as histórias guardadas sob esses tetos, os moradores resolvem registrar os objetos, cômodos e recantos preferidos, iniciando videografias domésticas ou contratando uma pequena empresa de vídeo para esse serviço.

Fordlândia

Datas: 25 e 29/11 (Cidade Universitária); 1/12 (Maria Antônia)
Horários: 16h, 19h e 20h, respectivamente
Direção: Marinho Andrade e Daniel Augusto
Informações técnicas: Brasil, 2008, cor, digital, 52’. Classificação – Livre
Sinopse: Em 1928, Henry Ford e Harvey Firestone decidem estabelecer na Amazônia, próximo ao rio Tapajós, um projeto envolvendo o plantio de seringueiras e, com isso, assegurar um grande estoque de borracha para a produção de pneus. Ali é construída uma pequena civilização americana: uma cidade chamada Fordlândia. Porém, menos de 20 anos depois de sua implantação, Ford abandona seu projeto. Hoje, o que restou de Fordlândia é a ruína do sonho de transposição da cultura e regime econômico norte-americanos para o norte do Brasil.

[tab:END]