Da magia à interação

Na redação escolar, a seguinte frase: “Quando crescer serei um grande mágico”. Caetano Miranda, aos 10 anos de idade, não imaginava que suas palavras revelavam os primeiros sinais de magia. Fundador da Escola Paulista de Arte Mágica e co-fundador da Academia Brasileira de Arte Mágica, Miranda  estruturou meios para profissionalizar e desenvolver as práticas utilizadas durante os shows. O garoto que desde pequeno queria se tornar um grande ilusionista alcançou seu objetivo e agora passa adiante a arte de “encantar” as pessoas.

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Aos 19 anos, Caetano ingressou na Associação dos Mágicos de São Paulo

Com o dia das crianças se aproximando, a Universidade Metodista de São Paulo reservou o Salão Nobre do Campus Rudge Ramos para o show gratuito de Caetano no próximo sábado, 8, às 11h. Pede-se a doação de um brinquedo ou livro infanto – juvenil (em bom estado) na entrada do local. Miranda diz que a apresentação trará mais do que a “mágica tradicional” e que tem como objetivo criar um ambiente que “transmita para a criança a sensação de ter poderes mágicos”.

Caetano afirma que está em outra etapa da magia, na qual o que importante, de fato, é a sensação que o público tem enquanto assiste ao espetáculo. “Na primeira fase do processo para ser tornar um mágico a preocupação é com questões técnicas”, pontua. Tal momento diz respeito aos truques a serem selecionados e qual a rotina – termo utilizado para definir o “setlist” do profissional – será apresentada às pessoas. “Em seguida, levei em consideração o cenário e a maneira como ia me apresentar”, explica.

A partir desses passos, Miranda atingiu aquilo que considera fundamental no desenvolvimento de sua carreira: “o que o público irá levar para a vida, após assistir ao meu show”. Como se dois cientistas experimentassem algo totalmente inesperado, mágico e criança compartilham do momento em que a realidade é um mero detalhe.