Diários de Classe despontam no Facebook

Tudo começou com Isadora Faber. Incomodada com a situação de sua escola, a adolescente residente em Florianópolis criou em julho deste ano uma página no Facebook intitulada “Diário de Classe”. No endereço ela despeja imagens, vídeos e textos relatando suas principais observações em relação aos problemas da escola e o relacionamento com colegas e professores.

Esse foi o “start” de tudo, já que a partir daí, apoio de várias partes do país surgiram. Jovens estudantes de escolas públicas pelo Brasil a fora, estimulados pela atitude de Isadora, também lançaram suas próprias páginas na rede social, todas elas com a mesma finalidade: denunciar o descaso das autoridades em relação à conservação das instituições de ensino.

Na área de pesquisa do Facebook, a lista de “diários de classes” é imensa. São páginas de cidades como Cotia, Londrina e Itamaraju, entre outras. A Universidade Estadual do Norte do Paraná, UENP, é exemplo de uma instituição de Ensino Superior que também entrou na dança.

Broncas

Diretores e funcionários das escolas presentes nessa onda de páginas virtuais se dividem. Existem aqueles que não só apoiam, mas que também incentivam as denúncias, desde que sejam feitas de modo criterioso e honesto.

Por outro lado, alguns diretores e professores reprimem os administradores dos diários por meio de broncas ou pressões feitas entre os muros da escola e dentro da sala de aula. Levar as iniciativas adiante se transformou num dever de casa arriscado, porém importante.