Fórum para educadores vai discutir ideias de incentivo à leitura
O projeto socioeducativo “Espaço de Leitura”, que há seis anos oferece atividades culturais e educativas para crianças no Parque da Água Branca, vai realizar, nos dias 19 de 20 de outubro – quarta e quinta-feira – a quarta edição do “Fórum de Educação do Espaço de Leitura”.
Este ano, o tema será “Territórios de sobrevivência: construindo redes de leitura da educação”. A programação conta com rodas de conversas, oficinas educativas, apresentações teatrais, intervenções poéticas e as chamadas “estações de consultoria”, que serão pontos de consulta montados especialmente tirar dúvidas e trocar experiências sobre o panorama do incentivo à leitura em diferentes contextos.
Entre os convidados, está a escritora franco-brasileira Maria Ange Bordas, idealizadora do projeto Tecendo Saberes, os educadores Ângela Castelo Branco e Giuliano Tierno, gestores do centro de arte, cultura e educação A Casa Tombada, Adriana Costa, da Residência Criativa, e Malu Gomes, da Fundação Tide Setubal. A programação completa está disponível no site do evento. É possível saber mais sobre o Fórum também por meio do evento do Facebook.
A proposta do Fórum é reunir educadores, livreiros, escritores, mediadores, contadores de histórias, profissionais do meio, leitores e interessados no assunto para dois dias de conversas sobre como articular e viabilizar iniciativas de promoção da leitura, da cultura e da educação.
As inscrições são gratuitas e estão abertas até o preenchimento das vagas existentes – ao todo, são 100. Os interessados em participar devem se inscrever pelo site. O Fórum será realizado dentro do Parque da Água Branca, em Perdizes, no auditório Paulo Nogueira.
Incentivo à leitura como resistência
Em um ano marcado pelas ocupações estudantis nas escolas e por duros revezes na educação – como a recente medida provisória que visa desobrigar o ensino de artes, filosofia e sociologia no Ensino Médio – o Fórum tem como objetivo atrair a atenção de profissionais para a importância de repensar o caminho. A proposta central é debater sobre os espaços de resistência em projetos de incentivo á leitura e à educação, e sobre as formas de fortalecer ações contra a apagamento do pensamento crítico.
“Queremos compartilhar experiências e ideias para buscar alternativas e afirmar nossa determinação, mesmo diante de todas as dificuldades a serem enfrentadas para realizar projetos e ações de incentivo à leitura. A questão que orienta a iniciativa desta vez reflete uma inquietação que há muito nos acompanha: quais os caminhos para a sobrevivência dos projetos de incentivo à leitura?”, explica Tatiana Fraga, diretora do projeto.