Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22

"Não querer que o racismo exista é diferente de negá-lo", disse a apresentadora do "Mais Você"

Ana Maria Braga mostrou que está por dentro do “BBB 22” e rebateu a fala de Naiara Azevedo que relativizou a existência do racismo no Brasil. Em um bate-papo, a sister falou que não faz distinção das pessoas por cores porque ela vê “todos como iguais”.

Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22
Créditos: Reprodução/Instagram @anamaria16 / Reprodução/TV Globo
Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22

No entanto, é importante ressaltar que a igualdade não é uma realidade do Brasil: negros ainda ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência em 23 grandes empresas nacionais e multinacionais, de acordo com um estudo da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial de 2020.

Branca com muitos privilégios, Ana Maria apontou que, para atingir alguma igualdade, é necessário reconhecer que existe racismo e e todos devem enfrentá-lo.

“Não querer que o racismo exista é diferente de negá-lo. Eu aprendi, me rodeando de pessoas pacientes e amorosas, que esse ‘pensamento de igualdade’ causa dor nas pessoas negras. Pois são elas que sofrem (literalmente) na pele e só elas podem testemunhar se racismo existe ou não”, disse.

A apresentadora do “Mais Você” fez uma comparação de uma situação com um paciente indo ao médico e alertando que está com dores, mas o profissional diz que não porque não era ele que estava sentido a dor.

“Que no futuro exista esse mundo onde a cor é indiferente. Mas, por enquanto o segurança da loja cara vê cor, o empregador vê cor? Enquanto muita gente estiver vendo cor e muita gente estiver sofrendo preconceitos de todo tipo por causa da cor, a gente tem que ver cor”, terminou Ana.

Na última edição do “BBB” do ano passado, Ana Maria disse que aprendeu com o erro ao dizer que existia racismo reverso e que Lumena teria feito a prática com Carla Diaz. Ela ainda comemorou uma falsa “democracia racial” entre as cores e a miscigenação.

Na verdade, a baiana disse que Carla era privilegiada por ser branca e utilizou o termo “branquitude” — quando o branco se impõe como um padrão.

“Racismo é um sistema de opressão e, para ter racismo, tem que ter poder. Negros não têm poder institucional para serem racistas contra brancos. Isso é reflexo da sociedade de lidar com essas lições. A gente vai debatendo e aprendendo”, se desculpou Ana Maria na época.

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