Daniela Mercury fica indignada com homem que ejaculou em mulher

A cantora usou o seu Instagram para mostrar a sua indignação com o caso

A cantora Daniela Mercury
A cantora Daniela Mercury

A cantora Daniela Mercury usou o seu Instagram na última sexta-feira, 1º, para mostrar sua indignação com o revoltante caso de um homem que, dentro de um ônibus em São Paulo, ejaculou no pescoço de uma mulher.

Preso em flagrante pela polícia por estupro, o homem foi solto por um juiz com base em uma lei de 1941 e enquadrado na “contravenção penal” de “importunar alguém em local público de modo ofensivo ao pudor”.

Daniela aparece em um ônibus, saindo do aeroporto de Congonhas. “Pensei na cena grotesca, violenta, obscena, nojenta e perigosa, que foi a ejaculação no pescoço da mulher dentro de um ônibus em São Paulo”, afirma ela.

“Desde adolescente, quando comecei a andar de ônibus sozinha, ficava enlouquecida de raiva quando homens tentavam se encostar em meu corpo. Como a maioria das mulheres, aprendi a colocar os dois cotovelos pra trás e outras técnicas de sobrevivência pra evitar que se encostassem em mim”, continuou ela.

A cantora também disse que já desistiu de entrar em um coletivo por vê-lo cheio de homens e, também, que não foram raros os casos em que teve que brigar para que homens se afastassem dela – mesmo com medo de ser agredida.

“Ejacular no pescoço de uma pessoa em um ônibus cheio de gente, crianças, é estupro sim, é atentado ao pudor, é uma das mais selvagens, nojentas formas de violência e abuso”, escreveu.

Confira o relato completo:

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Cheguei agora de BH e no aeroporto de Congonhas, dentro do ônibus, pensei na cena grotesca, violenta, obscena, nojenta e perigosa, que foi a ejaculação no pescoço da mulher dentro de um ônibus em São Paulo. Desde adolescente, quando comecei a andar de ônibus sozinha, ficava enlouquecida de raiva quando homens tentavam se encostar em meu corpo. Como a maioria das mulheres, aprendi a colocar os dois cotovelos pra trás e outras técnicas de sobrevivência pra evitar que se encostassem em mim. Várias vezes desisti de entrar em um ônibus por ver muitos rapazes dentro. E sempre tive que brigar e reclamar pra que se afastassem de mim e morria de medo de algum deles me bater. É assim a vida das mulheres no Brasil. Sempre aflitas pra escapar dos assédios e da violência que está naturalizada. Ejacular no pescoço de uma pessoa em um ônibus cheio de gente, crianças, é estupro sim, é atentado ao pudor, é uma das mais selvagens, nojentas formas de violência e abuso. Se fosse em sua esposa, em sua filha, em sua mãe, em sua irmã, em sua prima, em sua amiga? Seria também algo leve? #éestuprosim #naoaculturadoestupro #chegadeabuso #mexeucomumamexeucomtodas

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