Participante vai a julgamento público no Big Brother Portugal após homofobia

Emissora não admitiu o comentário feito pelo confinado, que revoltou o país todo

A produção do Big Brother Portugal surpreendeu quem acompanha o programa na TVI, ao colocar em julgamento popular um caso de homofobia provocado por um participante do reality show, na noite da última terça-feira, 12.

Hélder Teixeira, do Big Brother Portugal, foi punido após comentário homofóbico
Créditos: Reprodução
Hélder Teixeira, do Big Brother Portugal, foi punido após comentário homofóbico

Hélder Teixeira se dirigiu à confinada Soraia Moreira para falar sobre Edmar, participante assumidamente homossexual. Sem noção, Hélder disparou para a colega: “Eu prefiro ser mulherengo do que ser gay como ele”.

A frase chocou o país, se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, e gerou um desconforto na emissora, que tomou a decisão de levar o caso para o público decidir. Sendo assim, o programa abriu votação até o próximo domingo, 17, para saber se Hélder merece ou não continuar no confinamento.

Segundo divulgado pelo colunista Léo Dias, o canal anunciou que “no Big Brother, as atitudes sexistas, homofóbicas, xenófobas e racistas são inadmissíveis”. “Todas estas transgressões são delitos graves, e o Big Brother jamais poderá fechar os olhos. Não é por estar fechado em uma casa que pode dizer e fazer o que bem entender. Recordo ao Hélder e a todos os concorrentes estão sendo vigiados 24 horas por dia, e que o país inteiro está lhes assistindo. Hoje, Portugal acordou extremamente revoltada com o seu comentário”, comunicou a Voz, personagem que controla o confinamento.

“É esperado que esta casa seja um reflexo da sociedade de uma forma positiva, e não de uma forma negativa ou preconceituosa. Como não posso deixar passar a sua atitude em branco, vou dar aos portugueses a oportunidade de decidir se querem que o Hélder permaneça no jogo ou que seja expulso”, sentenciou a produção.

Como identificar a homofobia

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano. Leia a matéria completa no link.