Tatuagem vs mercado de trabalho: ainda existe tabu?

Promovido por Leão Fuze

Grande, pequena, maori, old school, realista. Não existem limites para o tamanho e o estilo de uma tatuagem quando se deseja ter um desenho marcado no corpo para sempre. Mas como isso é encarado pelo mercado de trabalho?

Mesmo sendo cada vez mais comuns, as tatuagens ainda dividem opiniões, principalmente em ambientes corporativos. Por não existir um código de conduta universal, cada empresa encara o tema de uma maneira diferente. Para algumas, detalhes subjetivos como o lugar do desenho e o seu tipo são itens que podem barrar uma contratação, enquanto que em outras a função que o contratado irá exercer pode definir ou não o seu uso.

Segundo o portal Carreira & Sucesso da Catho, algumas áreas como Comunicação, Marketing e TI, veem com naturalidade o seu uso. Mas não se anime muito se você escolher trabalhar em segmentos como Saúde, Direito, Finanças e Engenharia, pois tatuagens ainda são um verdadeiro tabu.

O lugar da tatuagem também é um detalhe que gera muita polêmica. Se for em partes do corpo que são facilmente cobertos, como ombros e costas, a maioria dos recrutadores não costumam ver problemas. “O que realmente complica a contratação, no caso de um homem, é se a tatuagem for nas mãos ou no pescoço. Já no caso das mulheres, no braço ou nas pernas”, explica Marcelo Gomes dos Santos, gerente nacional de RH do escritório de advocacia Siqueira Castro.

 
 

Em caso de uma entrevista de emprego a recomendação é usar o bom senso. Por não saber as preferências e conceitos do recrutador evite deixar a mostra a tatuagem mesmo que a empresa não tenha um perfil conservador. Isso evita que seu desempenho no processo seletivo seja prejudicado.

“Mas se o entrevistador perguntar, é importante falar a verdade. O candidato pode dizer que usa sim tatuagens, mas que as considera algo pessoal e que, por essa razão, não as fica exibindo. Esta postura vai mostrar ao entrevistador que aquela pessoa, aquele indivíduo, tem opinião própria, mas respeita a opinião que outros possam ter sobre temas que ainda geram polêmica na sociedade”, diz Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Para a content management Andressa Schneider, da agência de empregos 99 Jobs, apesar da resistência por parte de algumas empresas, a popularização das tatuagens trouxe um novo olhar para o mercado de trabalho. “A gente nunca recebeu um “veto” de algum contratante quanto à tatuagem – até porque isso seria discriminação. Mas sabemos que existe, principalmente em empresas com o perfil mais conservador”.

De maneira geral, o melhor a fazer para evitar aborrecimentos e preconceito é ser flexível e achar um equilíbrio entre a profissão escolhida, suas preferências pessoais e o que almeja para seu futuro profissional.