‘Slow-tourism’ promove bem-estar, cultura e descanso
Quando puder, tente aproveitar o máximo da viagem com a ideia de turismo lento

O turismo é uma atividade gratificante por diversos motivos –conhecer novas pessoas, comidas, lugares. Em um ano como este, no qual mal conseguimos ir à padaria, qualquer viagem merece ser cuidadosamente degustada. O “slow-tourism” (ou “turismo lento”, em tradução livre) se encaixa perfeitamente nessa nova realidade.
Inspirada no “slow-food”, movimento criado pelo italiano Carlo Petrini para ser a antítese do fast-food, essa forma de experiência turística propõe mais do que visitar: sugere “viver” o destino. Tudo em ritmo lento, diminuindo a ansiedade cotidiana e aproveitando grandes e pequenas delícias locais.

Assim, a viagem proporcionaria uma imersão cultural mais autêntica em oposição a “zapear” pelas localidades, procurando passar pelo máximo de CEPs, mas com tempo para apenas tirar uma self.
No livro “Slow Travel and Tourism” (“Viagem e Turismo Lento”, em tradução livre, de 2010), os autores Janet Dickinson e Les Lumsdon defendem que indivíduos que ficam mais e viajam menos incorporam o destino como uma experiência em si e se envolvem mais profundamente com a cultura local.
“Moleasy”
Turismo lento pode ser realizado em qualquer destino –não precisa ser algo “zen”, no sudeste asiático. Viagens lentas podem ocorrer no Canadá, na Austrália, na Europa, na África ou no Brasil.

Essa forma de turismo também é associada a práticas sustentáveis, considerando os impactos no ambiente, na sociedade e na economia. Para o turista, revigoraria o seu estado mental e físico ao mesmo tempo que deixaria memórias mais marcantes e duradouras.
No país de Petrini, o pai dessa ideia, a região de Molise criou um movimento com o nome sugestivo de “Moleasy” (a junção do local com a palavra “easy” –“fácil” em inglês), que incorpora bem o espírito do “slow-tourism”.

A intenção é oferecer aos visitantes uma experiência onde a cultura e a natureza expressem a essência do modo de vida italiano.
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Como diz o site de “Moleasy”, “se gosta de conhecer lugares autênticos longe do turismo de massa, sinta-se parte do lugar que o hospeda, prove os pratos tradicionais, experimente a serra e o mar, o campo e o rio”. Tudo em prol do equilíbrio!
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