NYFW levanta questões sobre falta de diversidade étnica nas passarelas

Por: Talitha Adde

A New York Fashion Week, que começou esta semana, chega com uma polêmica sobre a falta de diversidade étnica na moda. A falta de modelos negros e de diferentes padrões de beleza nas passarelas tem sido cada vez mais questionada por pessoas de dentro e fora da indústria da moda.

Em uma coletiva que aconteceu antes dos desfiles da NYFW, a ex-modelo Iman, que sempre criticou a prática de colocar apenas uma modelo negro para desfilar, recomendou a suas colegas que ‘se mantenham sempre unidas’ para exercer mais pressão sobre o setor. “Se supõe que as modelos são lenços brancos. Que não pensam, que não têm voz”, disse ao jornal ‘El País’.

Em uma edição anterior do evento, um total de 75% dos modelos eram brancos
Em uma edição anterior do evento, um total de 75% dos modelos eram brancos

De acordo com a empresária, não contratar modelos de diversas raízes é uma prática racista.

Desfiles de moda

Desde que sites como ‘The Fashion Spot’ e ‘Jezebel’ calculam a porcentagem de modelos negros que as marcas contratam, muitas empresas começaram a responder sobre a questão de falta de diversidade nas passarelas.

Mesmo assim, a edição anterior da New York Fashion Week, que aconteceu em fevereiro, um total de 75% dos modelos que desfilaram eram brancos.

Na 38º edição do São Paulo Fashion Week, edição de outono-inverno que aconteceu em novembro do ano passado, o número de modelos negos nos desfiles foi baixo. Dos 35 desfiles apresentados, 9 marcas não trouxeram modelos negros às passarelas.

A questão de falta de diversidade étnica na moda brasileira ganhou força em 2009, após uma temporada de desfiles que contou com apenas oito negros entre 344 modelos.