29ª Bienal de São Paulo é do cinema experimental

Por: Redação

A 29ª Bienal de São Paulo é marcada pelo grande peso da curadoria no material audiovisual. Na programação, confirmados estão quatro cineastas: a belga Chantal Akerman,  o português Pedro Costa, que o CCBB exibe retrospectiva, o tailandês Apichatpong Weerasethakul e o alemão Harun Farocki.

Embalados na estética experimental os expoentes de cada país entre eles o português Pedro Costa, a belga Chantal Akerman e o tailandês Apichatpong Weerasethakul fizeram parte do mesmo projeto intitulado “O Estado do Mundo” (L´Etat du Monde), lançado em 2006.

Saiba mais sobre cada um deles.

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Chantal Akerman

Chantal Akerman realizou um primeiro curta metragem e logo emigrou para cidade de Nova York onde se apaixonou pelo cinema experimental norte-americano de Jonas Mekas e do canadense Michael Snow.

O pontapé de Akerman foi o longa “Hotel Monterey”. Filme experimental, em que planos fixos e lentos travellings “observativos” compõem a descrição desse lugar, um hotel para necessitados.

Sua grande obra prima foi “Jeanne Dielman 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles”, em que faz um filme sobre a vida de uma mulher e sua rotina entre afazeres domésticos e cuidar do filho. O filme tem duração de 3h30 e Akerman se consolida como realizadora do hiperrealismo.

Para a 29ª Bienal a cineasta belga apresentará numa instalação o filme rodado em 1993, em 35mm, “From the East”. O filme percorre numa espécie de jornada ao Leste Europeu com o fim do verão ao começo de um inverno rigoroso, da Alemanha do leste cruzando a Polônia. Dos Bálticos até Moscou.

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Pedro Costa

Pedro Costa

Com uma mostra recentemente inaugurada no CCBB, o cineasta Pedro Costa também participará da 29ª Bienal de São Paulo. Com uma obra pequena e um tanto clandestina – apenas 7 longas e 3 curtas em mais de 20 anos de produção, – o cinema de Pedro Costa ganhou recentemente retrospectivas na Tate Gallery, em Londres, e na Cinemateca Francesa. O artista também integra a lista de artistas da 29ª Bienal de São Paulo, onde apresentará uma instalação. Leia mais.

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Apichatpong

Apichatpong Weerasethakul

Representante do cinema experimental tailandês, Apichatpong Weerasethakul foi o ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, deste ano, pelo filme “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives”. Apichatpong é conhecido por caprichar na estrutura, assim como, na narrativa de seus filmes.

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cineasta alemão

Harun Farocki

Especializado no formato documentário experimental, o cineasta alemão Harun Farocki fez mais de 90 filmes ao longo dos anos. Conhecido por seu cinema engajado é chamado também de “o mais importante cineasta alemão desconhecido”. Em tempos de Bienal, o cineasta ganha também uma retrospectiva na Cinemateca Brasileira. Nela, trinta filmes, a maioria inédita no Brasil. A mostra apresenta também seminário internacional sobre o cinema alemão com a participação de Thomas Elsaesser, um dos maiores especialistas em Farocki e Michael Baute, curador e crítico.

Por Redação