Exposição sobre Antônio Bandeira

Exposição traz 139 obras que pertencem ao Governo do Ceará, estado em que o artista nasceu. A mostra revela um passeio intimista pela obra de Bandeira (1922-1967) e lança um olhar sobre o processo criativo e o modo de produção do artista. A curadoria é de José Guedes, diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que guarda mais de 900 trabalhos do artista.

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Abstrato, de Antônio Bandeira
Créditos: unknown
Abstrato, de Antônio Bandeira
Sobre Antônio Bandeira:
Cearense de Fortaleza e autodidata, Antônio Bandeira, em 1941, trabalhou com Clidenor Capibaribe, o Barrica e Mário Barata que o orientaram no inicio de sua carreira. Em 1944 fundou a «Sociedade Cearense de Belas Artes», com Inimá de Paula, Aldemir Martins, João Maria Siqueira e Francisco Barbosa Leite, entre outros.

A bolsa de estudos na França foi o prêmio que Bandeira recebeu pela sua participação na exposição do Instituto dos Arquitetos Rio de Janeiro. Tal viagem materializou-se durante o período 1946 – 1950, quando freqüenta, em Paris, a Escola Superior de Belas Artes e a Académie de La Grande Chaumière.

Sua até então fase «figurativa» sofre uma brusca transformação – transformando-se em «abstrata» – após seu encontro Alfred Otto Wolfgang Schulze (fotógrafo e pintor alemão conhecido como Wols) e Camille Bryen (poeta e pintor francês) alguns dos iniciadores da pintura «informal», palavra cunhada e utilizada pelo crítico de arte Michel Tapié de Céleyran (1952) quando defendia sua posição teórica e crítica denominada «art autre» que mostrava a completa cisão com a tradição figurativa. Retomando a afirmação de S. João da Cruz: «Para alcançar o desconhecido, é necessário passar através do desconhecido»; Tapié perguntava: O academismo está acabado para sempre, não está?

A morte de Wols em 1951, o trás de volta ao Brasil. Retornou a Paris durante o período 1954 – 1959, e após seu segundo longo período no Brasil, retornou novamente a Paris em 1965, onde permaneceu até seu extemporâneo falecimento.
Fonte: Itaú Cultural

Por Redação