nós-moçada #1

Eles se chamam de nós. E chegam com aquela confiança feérica no coletivo que marca os anos da mocidade. É o momento da vida em que ser um só parece pouco, em que o bando é mais importante do que o indivíduo para enfrentar e resistir. Então chegam já prontos para suavizar os egos e virar célula de algo maior. Ou grão de um punhado. A diferença de sabor quem faz não é o grão isolado, mas a pitada, a dose incontável, aquela que em inglês exige o some. Em português, a individualidade some mesmo, e o que se vê é um todo, no qual as singularidades existem, e integram-se perfeitamente ao sabor geral. Um curry, feito de videos, performances, desenhos, fotografias e objetos. A primeira exposição do nós-moçada, grupo que tenho o prazer de acompanhar desde que nasceu, abre dia 14 de janeiro na Casa Contemporânea.