Homenagem aos 100 anos de Ataulfo Alves

As músicas do cantor Ataulfo Alves serão tocadas hoje, 28, por Ataulpho Alves Júnior, filho do artista. A homenagem faz parte do “Projeto Adoniran – Oito e Meia”, que acontece, às 20h30, no Memorial da América Latina.

No espetáculo,  Ataulpho Alves Júnior comemora os 100 anos de nascimento de seu pai. Para acompanhá-lo nesse show, ele conta com a presença de Odair Menezes & Cia. O consagrado cavaquinista, tem a tradição interpretativa dos grandes sambistas como principal característica. Seu grupo é um quarteto, formado pelo violão de Renatinho Sete Cordas, a percussão de Borrão e o ritmo marcado por Miguel do Pandeiro, todos eles são conhecidos compositores das rodas do samba paulistano.

divulgação
Ataulfo Alves nasceu em 1909

Sobre o Ataulfo Alves

Seu nome cresceu muito quando apareceram as gravações do samba Saudade dela, em 1936, por Silvio Caldas e da valsa A você (com Aldo Cabral) e do samba Quanta tristeza (com André Filho), em 1937, por Carlos Galhardo, que se tornaria um dos seus grandes divulgadores.

Em 1938, Orlando Silva, outro grande interprete de suas musicas, gravou Errei, erramos. Em 1941, fez sua primeira experiência como intérprete, gravando seus sambas Leva, meu samba… e Alegria na casa de pobre (com Abel Neto). Em 1942 a situação financeira difícil e a hesitação dos cantores em gravar sua ultima composição fizeram com que ele próprio lançasse, para o Carnaval do ano, Ai, que saudades da Amélia.

Em 1954 participou do show O Samba nasce no coração, realizado na boate Casablanca, quando lançou o samba Pois é… O pintor Pancetti gostou muito da musica e, inspirado nela, fez um quadro com o mesmo nome, que ofereceu ao compositor. Compôs então Lagoa serena (com J. Batista), dedicando-a a Pancetti, que, novamente, o homenageou com a tela Lagoa serena.

Convidado por Humberto Teixeira, em 1961 participou de uma caravana de divulgação da musica popular brasileira na Europa, para onde levou Mulata assanhada e Na cadência do samba (com Paulo Gesta), que acabara de lançar.

Depois de realizar em 1964 uma temporada no Top Club, do Rio de Janeiro, como sentisse piorar a úlcera no duodeno, em 1965 decidiu passar o seu titulo de General do Samba para seu filho, Ataulfo Alves Júnior. Em decorrência do agravamento da úlcera, morreu após uma intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1969.

Por Redação