Como nos tornamos cidadãos do mundo
Viajar é natural ao ser humano. A mudança faz bem para a saúde mental, física, espiritual…enfim, pra tudo. Desde os tempos dos nômades e ciganos, o ser humano viaja. Muda de rotina. Se move. Se renova.
Hoje em dia é muito mais fácil! Com promoções de avião, muita gente consegue passar férias na Europa, na América do Norte, e tem gente que vai até pra China, Japão, Nova Zelândia…e outros destinos longínquos do mundo. Com alguns subsídios como o Ciência sem Fronteiras, ou o Santander Universidades, muitos estudantes podem conseguir um intercâmbio durante a graduação ou até na pós-graduação.
Programas de Au Pair e Work and Travel são também oportunidades para morar em outro país, e ampliar horizontes. Assim começa a saga de um recém-nascido “cidadão do mundo”.
Juliana Arthuso, 24 anos, autora do blog “Virando Gringa” realmente se identifica com o título que deu à sua página, e se considera cidadã do mundo. “Depois de viajar tanto, me senti como se não pertencesse mais a nenhum lugar, só que ao mesmo tempo pertencia a todos. Virei cidadã do mundo, e acabo me sentindo ‘gringa’, ou uma estrangeira por onde passo. Até mesmo em casa tudo é muito diferente agora”.
Juliana participou de muitas atividades internacionais durante a sua graduação, completando 4 intercâmbios pela Europa e Ásia. “A melhor parte da vida de intercâmbio, com certeza, é conhecer gente de todo lugar”, diz a estudante de Engenharia.
Cada vez mais, no mundo globalizado, criamos vínculos com pessoas e lugares que jamais havíamos sonhado em conhecer! E, é claro, queremos contar pra todo mundo.
Com certeza, quando realizam seus sonhos, cidadãos do mundo tiram muitas fotos. Seja para guardar, seja para publicar em redes sociais como o Facebook ou o Instagram. Cidadãos do mundo compartilham. Muita gente gosta de contar sobre suas experiências, para facilitar as viagens de amigos e familiares; e também para reviver viagens que marcaram tanto. A partir daí surgem os blogs e sites de viagem, cada vez mais populares.
Assim como é natural viajar, é natural sentir saudade. Essa é umas das inconveniências de ser cidadão mundial. Conhecemos tanta gente, passamos por experiências maravilhosas ao lado destas pessoas, e depois “é hora de dar tchau!”. Nosso coração fica dividido. Enquanto uma parte dele está comendo croissants em Paris, a outra parte está bebendo cervejas na Alemanha, ou comendo fish and chips na Inglaterra, ou as melhores batatas fritas do mundo na Bélgica! E uma dessas milhares de partes está de volta ao Brasil, escrevendo em blogs e se utilizando das maravilhas da internet para matar a saudade.
Mas ta aí uma vantagem: cidadãos do mundo já experimentaram os melhores pratos que o ser humano já inventou. Comendo espetinhos de escorpião na China. Experimentando sopa de crocodilo na Tailândia. É garantido que 90% dos viajantes já queimaram a língua comendo alguma iguaria apimentada num canto maluco do mundo. Também é garantido que eu inventei essa estatística, mas isso fica só entre nós…
Ser cidadão do mundo é muito legal. Viagens tornam nossa vida mais colorida, e cada lembrança marcante tem um lugar especial no coração. Eu compartilho minhas lembranças no Virando Gringa, vem viajar comigo?
Por Juliana Arthuso