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Ação compara consciência política com patriotismo de chuteiras

Quem não se lembra das torcidas nos estádios, durante a Copa do Mundo de 2014, cantando a plenos pulmões o Hino Nacional Brasileiro? Afinal, como já se diz, a Seleção é a pátria de chuteiras. Mas em que medida a devoção pelos craques do futebol que vestem a amarelinha encontra paralelo com os gols do país nas urnas? Relacionar o patriotismo esportivo do nosso povo com a sua consciência política é a proposta de uma intervenção urbana realizada na avenida Paulista, em São Paulo.

Dá para ter consciência política e torcer para o Brasil na Copa ao mesmo tempo?
Dá para ter consciência política e torcer para o Brasil na Copa ao mesmo tempo?

É nessa importante via da maior cidade da América do Sul que a agência de marketing viral 35mm colocou, no gradil de um casarão tombado, dois quadros-negros acompanhados de cestinhas cheias de giz.

Uma das lousas exibe, no alto, como uma espécie de cabeçalho, os dizeres “Nessa Copa, eu…”, em letras garrafais amarelas; a outra faz o mesmo, só que em verde e com a proposta “Nessas eleições, eu…”.

A ideia é que os passantes preencham os dois murais com suas ações, intenções e expectativas no que diz respeito a esses dois eventos que acontecem no mesmo ano – e que, nestes meses de junho e julho, dividem as atenções das pessoas.

Vale lembrar que, numa espécie de confluência desses acontecimentos, a camisa da Seleção Brasileira passou também a simbolizar determinadas inclinações ideológicas nas manifestações de rua dos últimos anos no país.

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As urnas pedem que se vista a camisa da consciência política
As urnas pedem que se vista a camisa da consciência política

Os quadros-negros foram instalados no dia da estreia do Brasil na Copa e devem permanecer ali até o final da competição, mas existe a possibilidade de esse prazo ser prolongado até as eleições. “Se isso acontecer, precisaremos pensar em alguma mudança na proposta, uma vez que a Copa vai ter acabado”, diz a jornalista Arianne Lima, de 28 anos, uma das organizadoras da ação.

Ela conta que, nos primeiros dias de expressão do povo nas lousas, as opiniões se dividem. “Há os que escrevem que não estão nem aí com a Copa e que vão dormir ou desligar a TV, porque o país tem coisas mais importantes com que se preocupar”, afirma Arianne. “Mas existem também aqueles que assinalam um ‘Vai, Neymar’.”

A iniciativa deve ainda realizar debates com sociólogos de diferentes linhas de pensamento acerca das considerações  marcadas nos quadros. Elas também têm sido registradas em fotos e vídeos, mesmo porque as lousas são apagadas ao fim de cada dia.

O objetivo da intervenção, batizada de #bolanaarea, vem, assim, sendo atingido: provocar reflexões sobre a relação entre política e futebol, e como o patriotismo do brasileiro se manifesta nesses dois âmbitos. A diferença maior talvez esteja mesmo em como os “chutes” nas urnas em geral causam um impacto muito maior que aqueles desferidos nos gramados.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.