Brinquedos usados viram móveis para criança

Brinquedos são feitos principalmente de plástico. O que acontece com esses itens depois que as crianças já não querem mais brincar com eles? Nem sempre dá para doar: alguns acabam quebrando, outros já estão bastante desgastados… A solução pensada pela ecoBirdy, empresa baseada em Antuérpia, na Bélgica, foi reciclar brinquedos usados para fazer móveis – para o mesmo público infantil.

São cadeiras, mesas e até abajures em forma de animais – tudo feito a partir do plástico de brinquedos usados.

Segundo a ecoBirdy, o tempo médio de uso de um brinquedo é de apenas seis meses. Então há muito plástico para ser coletado.

Móveis infantis, de linhas arredondadas, feitas de brinquedo recicladoA empresa recolhe os objetos em escolas ou centros de reciclagem. Em seguida, faz uma separação do que não pode ser aproveitado, como baterias. O plástico é então triturado, lavado e separado por tipo e cor. Em seguida, é misturado a uma solução que mantêm os pedaços juntos, que então é moldada e resfriada.

Os produtos finais são móveis e itens de decoração que também são totalmente recicláveis. A luminária em forma de rinoceronte custa  € 189 (cerca de R$ 760). A cadeira sai por € 159 euros (R$ 640), e a mesa,  € 268 (R$ 1.080).

Luminária de rinoceronte; a mesa pode ficar no quintal, ao ar livre

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Os brinquedos usados são coletados, reciclados dentro da Europa, e a produção é feita na Itália. A empresa fez pesquisas durante dois anos para desenvolver esses itens, e diz que segue práticas de comércio justo.

Além disso, também elaborou um livro e um programa para escolas com o objetivo de apresentar às crianças o que é a economia circular (conceito que aborda um processo produtivo onde resíduos são reaproveitados para virarem insumo para novos produtos) e inspirá-las a pensar em um futuro mais sustentável.

A empresa explica a importância da reciclagem e coleta brinquedos usados nas escolas

A EcoBirdy é cofinanciada pelo programa COSME da União Europeia, que apoia pequenas e médias empresas, ajudando-as, por exemplo, a obterem financiamento ou acessarem novos mercados, além de oferecer capacitação para empreendedores.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial