Fotógrafos registram o desaparecimento das geleiras

Olhe rápido, porque vai derreter. Mas o objetivo, na verdade, é que isso não aconteça. Já que as fotografias congelam momentos, há a esperança de que ajudem também a manter a baixa temperatura dos icebergs, avalia o Project Pressure, que mobiliza fotógrafos do mundo todo contra o desaparecimento das geleiras.

A iniciativa, que completa dez anos em 2018 e foi idealizada pelo fotógrafo dinamarquês Klaus Thymann, vive de doações e conta, até agora, com a colaboração de 15 profissionais. Nesse tempo, eles clicaram geleiras em mais de 20 países de todos os continentes do planeta.

Para o projeto contra o desaparecimento das geleiras, foto do fiorde de Hornsund, no sul da costa ocidental da ilha norueguesa Spitsbergen, no arquipélago das Svalbard

Sua missão é documentar os icebergs que estão sumindo e, a partir das imagens, montar o primeiro atlas global glaciar, hospedado em uma plataforma digital de livre acesso, batizada de Melt – o verbo derreter em inglês e sigla para Mass Engagement and Listing Technology (engajamento em massa e tecnologia de listagem, em tradução livre).A versão beta desse atlas já está no ar e pretende-se que ele seja uma referência até para a comunidade científica que se empenha em preservar esses grandes blocos de gelo.

Se, em termos de luz e foco, o Project Pressure está muito bem servido, o mesmo se pode dizer em relação a suas parcerias. Entre elas, estão a Nasa, a agência espacial norte-americana, e o WGMS, serviço mundial de monitoramento de geleiras.

O glaciar Spegazzini, uma das geleiras mais importantes do parque nacional Los Glaciares, na Argentina

Estão ainda no radar do projeto um documentário, um livro e uma exposição itinerante ao redor do mundo. Até 30 de junho, ela está no Museu de Mudanças Climáticas de Hong-Kong.

O glaciar Helheim, na Groenlândia

Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis.

Você também pode contribuir com a organização em sua página na web. Pense que pode ser por uma boa causa; afinal, espera-se que uma iniciativa tão sólida não faça água.

Glaciar Grand Plateau, no Alasca
Montanha Cotopaxi, nos Andes, Equador

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial