Saiba identificar assédio moral no trabalho e como reagir

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Ter as opiniões e ideias ignoradas, sofrer perseguições da chefia, ser obrigado a cumprir jornadas extras de trabalho e ficar sobrecarregado de tarefas sem, no entanto, receber as instruções corretas. Tudo isso pode configurar como assédio moral. E, embora os casos sejam frequentes, poucos sabem a caracterização exata desse tipo de abuso.

Para Lígia Molina, especialista em RH e professora de Gestão de Pessoas da IBE-FGV, o assédio moral acontece a partir do momento em que brincadeiras passam do limite e começam a incomodar o funcionário. “Muitas vezes, ele se sente diminuído e isso altera o emocional, a saúde física e o próprio rendimento dele no trabalho”, explica.

Assédio moral pode ser entendido como violência psicológica recorrente

O recomendável nesses casos é o funcionário procurar falar com o agressor e mostrar que está incomodado. Se não houver abertura para o diálogo, a segunda opção é alertar o RH. Se ainda assim não funcionar, a saída é levar o caso ao sindicato para ser apurado.

Lígia lembra que no caso de denúncia, o funcionário não está assegurado contra demissão. “Nada vai garantir que ele continuará no emprego, isso depende da seriedade da empresa. Mas a meu ver, não pode haver impunidade para o agressor”.

Veja alguns sinais que podem configurar como assédio moral, segundo o Ministério Público do Trabalho de São Paulo:

  • Não dar nenhuma tarefa
  • Dar instruções erradas, com o objetivo de prejudicar
  • Atribuir erros imaginários ao trabalhador
  • Fazer brincadeiras de mau gosto ou críticas em público
  • Impor horários injustificados
  • Transferir o trabalhador de setor para isolá-lo ou colocá-lo de castigo
  • Forçar a demissão do empregado
  • Tirar seus instrumentos de trabalho, como telefone, computador ou mesa, para gerar constrangimento
  • Proibir colegas de falar ou almoçar com o trabalhador
  • Fazer circular boatos maldosos e calúnias sobre o trabalhador
  • Submeter o trabalhador a humilhações públicas ou particulares
  • Perseguições da chefia aos subordinados
  • Punições injustas e ilegais
  • Não passar informações necessárias para a atividade