Escape games: a nova onda de entretenimento em 60 minutos

Por: Redação

Já ouviu falar dos escape games? São casas de jogos “reais” em que os participantes têm 60 minutos para tentar desvendar mistérios e sair de dentro de uma sala. Descobrir códigos para abrir cofres, decifrar enigmas químicos e passar por situações que envolvem a lógica fazem parte dessa nova onda de entretenimento em São Paulo.

No mundo são mais de 2 mil salas em 60 países. Na capital paulista já existem ao menos quatro casas de escape game: Puzzle Room Brasil, Escape 60, Fugativa e Escape Room. Mas tudo é muito novo no Brasil e há poucos profissionais da área.

Códigos para abrir cofres, enigmas químicos e situações que envolvem a lógica animam os jogadores

Rodrigo Matrone, proprietário da Puzzle Room Brasil e especialista nesse tipo de negócio, conta um pouco de como foi desenvolver o jogo por aqui. “Quando comecei a desenhar o projeto lá em novembro do ano passado, não existia escape game em SP. Quando cheguei já existia um, o que me animou mais ainda. Levei seis meses para desenhá-lo. No papel demanda mais tempo porque nós optamos por criar nossas linhas de jogos. Não pegamos algo pronto, criamos o tema e a partir daí desenvolvemos o game e todas as suas etapas”, diz ele.

“Estava com muito mais conhecimento de mercado em meados de 2014 e convenci os meus sócios a trazerem um projeto para cá. Sendo o único brasileiro da turma, todos concordaram e disseram: ‘ok, desenvolva o projeto e vá!’. Foi o que fiz. Cheguei na cidade e comecei a procurar espaços que se encaixavam no projeto e dei sorte”, completa Rodrigo. Inaugurada em julho desde ano, a Puzzle Room veio da Suíça e da República Tcheca, e hoje conta com três salas temáticas.

A sala ambientada como Carandiru – extinta penitenciária que em 1992 foi palco de um massacre que deixou 111 detentos mortos – é a última inauguração da casa. “A sala  foi concluída em dois meses e conseguimos montar duas salas ao mesmo tempo, já que o ‘modo batalha’ era uma vontade nossa”, explica.  Ou seja, dois grupos podem competir simultaneamente e vence quem descobrir o enigma primeiro.

Nós não ficamos de fora. Uma equipe muito inteligente do Catraca Livre foi lá testar essa novidade. Participamos do game na sala CSI: Investigação Criminal. A missão era a seguinte: éramos um time de investigadores forenses e precisávamos solucionar a morte de Eduard Snownet, um espião americano sitiado em São Paulo, antes que a perícia voltasse à cena do crime. Para escapar da sala, tínhamos de descobrir quem era o assassino da história.

O Catra Livre foi lá testar e nós aprovamos a brincadeira

“Resumindo a experiência, diria que o jogo é eletrizante. No começo você fica meio perdido, sem saber por onde começar ou o que fazer exatamente. Vai fuçando em tudo até achar alguma coisa que te ajude a desvendar os primeiros enigmas. Depois disso, é só adrenalina correndo solta, ainda mais com o tempo correndo contra você”, conta Giuliano Sempreboni, analista financeiro do Catraca.

“Quando entramos na sala, a quantidade de informação é tanta que fica difícil saber por onde começar. Fomos progredindo, mas é muito comum ficar perdendo muito tempo em uma pista que não deveria ser usada naquele momento. Com muita correria, chegamos ao fim”, desabafa Matheus Castro, estagiário de marketing.

Vale lembrar que 15 % das equipes conseguem solucionar o enigma. E sim, nós conseguimos, em 58 minutos 28 segundos!

Você conhece outros escape games no Brasil? Conte para nós sua experiência!