Alunos de jardinagem vendem mudas de plantas a partir de R$1

Por: Keila Baraçal

Alex Sandro dos Santos, 21, estava desempregado quando soube do curso de Jardinagem, oferecido pelo Projeto Fábrica Verde, organizado pela Secretaria Municipal do Trabalho. Desde agosto do ano passado, ele participa de todas as aulas e  agora, nos dias 5 e 6 de fevereiro e 5e 6 de março, fará parte, com outros 17 colegas, da Feira de Plantas Ornamentais. O encontro acontece das 9h às 15h, na Universidade de São Paulo. Serão vendidas, a partir de R$ 1, mudas de pau-brasil, hibiscos, ervas, temperos e flores aos visitantes.

Por trás do que será visto durante a feira, Alex passou por diversos níveis de cursos: desde aulas de empreendedorismo, até as de paisagens urbanas. Orgulha-se por ter feito parte de processo de remodelagem de um terreno abandonado perto do prédio da faculdade de Matemática da USP. “Era um espaço com 40 metros quadrados cheio de entulho. De acordo com o projeto feito pelo professor, colocamos bambus e fizemos um M de Matemática”, conta.

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Jovens têm experiência em jardinagem desde agosto de 2008
Jovens têm experiência em jardinagem desde agosto de 2008

O curso deve terminar em maio deste ano. Alex sente que não será mais apenas o mestre sala da Escola de Samba Águia de Ouro – onde ganhava alguns cachês. O Jovem já quer montar uma cooperativa para fazer trabalhos ligados à manutenção de jardim e paisagismo.  “Sinto que tenho uma profissão e posso continuar me divertindo. Tanto a música, quanto a jardinagem são artes”, conclui.

Além de Alex, seus outros colegas já são considerados profissionais preparados para enfrentar o mercado de trabalho, segundo Wagner Novais, engenheiro agrônomo e professor do curso. “Eles já são capazes de fazer qualquer trabalho.” Para o secretário do Trabalhado, Marcos Cintra, esta experiência serve como um grande laboratório. “Nós capacitamos os participantes e os estimulamos a ter seu próprio negócio. Entendemos que o mercado terá, cada vez mais, trabalhadores ligados a linha de do próprio emprego e menos carteira assinada.”

Quem for até a feira poderá conferir a produção dos alunos e o preço pago vai variar de acordo com a dificuldade de manutenção de cada muda. O  dinheiro arrecadado ficará para as despesas do grupo com material de trabalho.