Argentina retira restrições para homossexuais doarem sangue

Depois de uma década de luta da comunidade LGBT, a Argentina retirou a proibição para homossexuais e bissexuais doarem sangue no país. Com a mudança e o fim das restrições, passam a ser priorizados o estado de saúde e as condições clínicas do doador, e não mais sua orientação sexual.

A decisão, aprovada na semana passada, coloca a Argentina ao lado de países como México, Cuba, Peru, que acabaram com as proibições para que homossexuais sejam doadores. No Brasil, os gays e bissexuais são considerados pessoas com “comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis”. A medida vigente, adotada na década de 1980, surgiu no auge da epidemia de AIDS.

Hoje, cerca de 50 países ao redor do mundo proíbem gays de doarem sangue

Segundo o Ministério da Saúde da Argentina, com o fim das restrições, o sistema nacional de doação de sangue do país ficará mais “seguro, solidário e inclusivo”, além de acabar com a discriminação institucional contra a comunidade LGBT.

Em Buenos Aires, as regras para doar sangue já haviam sido alteradas em julho, quando foi eliminado o pedido de dados sobre a identidade de gênero, vida pessoal ou sexual dos doadores. Hoje, cerca de 50 países ao redor do mundo ainda proíbem gays de doarem sangue.