Atingido por bala perdida, menino morre na noite de Réveillon

Atendido somente cinco horas depois de ser baleado, Arthur Silva, de cinco anos, não resistiu aos ferimento

Na noite de comemorações do Ano Novo, na Zona Sul de São Paulo, Arthur Silva, de cinco anos, fazia bolinhas de sabão com outras crianças no quintal de casa quando foi ferido por uma bala perdida. Atingido na nuca, não resistiu ao ferimento após ter atendimento negado em dez hospitais da região, públicos e particulares.

Em entrevista à TV Globo, um parente da família relatou que a vítima foi levada pelos familiares ao Hospital Family, onde constatou-se o ferimento na nuca provocado pelo tiro. No entanto, a criança precisou ser transferida dali já que o centro médico não possuía UTI.

Família comemorava virada do ano no Jardim Taboão, Zona Sul de São Paulo
Família comemorava virada do ano no Jardim Taboão, Zona Sul de São Paulo

Foi então que começou uma luta contra tempo para salvar a vida do garoto, que só conseguiu ser internado mais de cinco horas depois do ocorrido. Na reportagem, Rosana Aparecida, tia do menino, relembrou os momentos de desespero.
“Aí passamos para os particulares, ligamos para o São Camilo, ligamos para o Metropolitano, no Sabará, no Albert Sabin, no que ia lembrando, nos próximos aqui da região, no Santa Cecilia. Ligamos em vários, gente. Nenhum tinha vaga. UTI Infantil. Será que nenhum tinha vaga? Nenhum?”.

A internação só ocorreu às 7h, quando a família conseguiu uma vaga no hospital Pirajussara, descobrindo a gravidade da situação. Ainda assim, quando conseguiram a vaga, tiveram dificuldade de encontrar ambulância para a transferência. Após cinco horas de tentativa e dez hospitais, Arthur não resistiu aos ferimentos.

Investigação sobre o caso

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde só informou que o menino foi relamente ferido por arma de fogo. O 89º Distrito Policial (DP), Portal do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, investiga o caso e tenta identificar e responsabilizar quem atirou. A principal hipótese da Polícia Civil á a de que o tiro foi dado para o alto durante a queima de fogos de artifício para festejar a virada do ano.