Blog apresenta guia de como estuprar mulher na USP

Blog incita a violência contra as mulheres
Blog incita a violência contra as mulheres

Um Blog divulgou um guia de como estuprar uma mulher na FFLCH, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Vários estudantes e professores da universidade ficaram revoltados com as informações publicadas, o que levou a direção da FFLCH a entrar em contato com a polícia.

No texto, “Como estuprar uma mulher na USP FFCLH: O Guia definitivo”, o autor direciona as dicas aos estudantes da Poli, Escola Politécnica da USP, referindo-se às alunas e possíveis vítimas como “vadias”.

Ainda na manhã deste sábado, 15, o blog do “Tio Astolfo”, que se define “em prol da Filosofia do Estupro”, continua acessível aos internautas.

O site já é investiga pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual, MPE, pelo seu conteúdo de caráter criminoso.

O “Tio Astolfo” incita a violência contra as mulheres, ensinando formas de como estuprar meninas na escola, mulheres na balada, defende que todo o pai deveria ter o direito de estuprar sua própria filha, entre outras publicações.

Com informações do Uol Educação.

Veja como denunciar a violência

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.