Deputados do Chile aprovam descriminalização do aborto em caso de estupro

O Chile é um dos poucos países em que o aborto não é permitido em nenhuma circunstância

Nesta quinta-feira, dia 17, a Câmara dos Deputados do Chile aprovou a descriminalização do aborto em três situações: inviabilidade do feto, risco de morte para a mãe e estupro. A decisão representa um primeiro passo para o país, que é um dos poucos onde a interrupção da gravidez não era permitida em nenhuma circunstância.

Após um caloroso debate, a maioria presente votou na aprovação do projeto apresentado pelo governo da presidente socialista Michelle Bachelet. Cada parte foi decidida em separado: no caso de risco de morte para a gestante, foi aprovado por 67 votos a favor e 47 contra; o de inviabilidade fetal, por 62 a favor e 46 contra; e o da gravidez por estupro, por 59 votos contra 47.

Agora, o projeto segue para tramitação no Senado
Agora, o projeto segue para tramitação no Senado

Agora, a medida deve seguir para tramitação no Senado. No Chile, até 1989 e por mais de 50 anos, o aborto era permitido nas situações de risco de morte da mãe ou da inviabilidade do feto.

No entanto, antes de deixar o poder, o ex-ditador Augusto Pinochet proibiu a decisão, que se manteve em mais de duas décadas de democracia, principalmente por causa da pressão da Igreja Católica e de grupos conservadores.

Com informações da France Presse