Desafio propõe que pessoas se alimentem com US$1,50 por dia

O Live Below the Line quer conscientizar a população mundial simulando a situação do 1,2 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza

Há cerca de 1,2 bilhão de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza no mundo, segundo dados do Banco Mundial. Essas pessoas vivem com cerca de US$1,50 por dia. Pensando nisso, o desafio Live Below the Line (ou Vivendo Abaixo da Linha) convida, todos os anos, pessoas do mundo todo a passarem cinco dias gastando no máximo US$1,50 para suas refeições diárias.

Uma participante mostrou como ela e o marido conseguiram se manter por um dia gastando menos do que US$3 para se alimentarem. Produtos básicos que rendiam boas porções foram a opção.

A iniciativa levanta fundos para a organização sem fins lucrativos Global Poverty Project’s. Só na edição de 2012 foram US$3 milhões arrecadados. Neste ano, pela primeira vez, o desafio está sendo executado simultaneamente na Austrália, nos EUA e no Reino Unido e há uma enorme quantidade de celebridades fazendo fila para participar.

O desafio começou em 2009 como resposta a uma pergunta: como engajar as pessoas em torno de questões da pobreza extrema? Hoje, é uma maneira de atingir diretamente na cabeça as pessoas com o problema, fazendo-as perceber (e provavelmente nunca esquecer) o quão difícil é comer com tão pouco dinheiro disponível.

Uma participante explicou como sua família se preparou para o desafio. “Nós sentamos e conversamos sobre a semana. Como fazer a comida render mais, como torná-la mais nutritiva  sem verduras e fibras. Tivemos que usar lentilhas, feijão, macarrão, tomate enlatado, diluir o leite para fazê-lo render. Não tivemos nada para o café. Sem açúcar, sem sucos. Fizemos a nossa própria massa, que era farinha, ovos e creme hidratante.

Mesmo para quem não sabe produzir sua própria comida, a conscientização é o grande objetivo do projeto. Conseguir se alimentar estando “abaixo da linha” por uma semana não é uma meta admirável em si – muitas pessoas fazem isso compulsoriamente. Mas isso pode se tornar uma grande coisa quando a sensibilização se traduz em ação.

Por Redação