Desembargadora ironiza mobilizações contra assédio sexual em post

O currículo de polêmicas da desembargadora Marília de Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, só cresce. Depois de ter compartilhado informações mentirosas sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de ter duvidado da capacidade de uma professora com síndrome de Down, a magistrada agora é alvo de críticas por ter postado, em 2015, uma mensagem em que ironiza mobilizações contra assédio sexual e em favor de minorias.

Trecho de postagem feita pela desembargadora Marília Castro Neves

Posts antigos de Marília têm sido tornados públicos, criticados e compartilhados nas redes sociais. Em 2015, a desembargadora compara assédio sexual (crime previsto no Código Penal brasileiro) a paquera no trabalho e pergunta se não “temos nada mais importante pelo que lutarmos”. As informações são do jornal “O Globo”.

A desembargadora, na mesma postagem, também confunde conceitos, ao questionar o que seriam as “minorias”, dizendo que mulheres, por exemplo, são numericamente superiores aos homens. O conceito de minoria, porém, diz respeito a poder político, não a quantidade.

“Até onde se sabe, numericamente somos (as mulheres) maioria, o que não impede a politicamente correta Lei Maria da Penha de ser covardemente utilizada contra o homem nas relações conjugais – ou semelhante. E a inclusão social???? Existe conceito mais amplo??? Qualquer coisa se encaixa nesse amplo portal onde se locupletam todos os que desejam arrecadar fundos para executar esse relevante ‘trabalho social’…..”, afirmou.

A desembargadora é alvo de duas representações no CNJ, após a atitude em relação a Marielle. A OAB-RJ oficializou também uma denúncia da magistrada ao Ministério Público do Rio de Janeiro.

Leia a íntegra da reportagem.

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