Érico Brás é expulso de avião por ‘ameaça à segurança’ e acusa companhia de racismo

Com informações do portal A Tarde

Após embarcar em um avião da Avianca no Aeroporto Internacional de Salvador na manhã desta quinta-feira, 31, o ator Érico Brás e a mulher dele, Kênia Dias, foram expulsos do voo. O casal foi classificado pelo comandante como “uma ameaça à segurança da aeronave”.

Policiais federais foram acionados para retirar a dupla da aeronave, que se negou a sair. A confusão teve início após o comandante pedir que a mulher de Érico guardasse uma bolsa no bagageiro.

Érico Brás afirma que ele e sua esposa foram vítimas de racismo pela Avianca, que impediu que o ator embarcasse em voo no Aeroporto Internacional de Salvador
Érico Brás afirma que ele e sua esposa foram vítimas de racismo pela Avianca, que impediu que o ator embarcasse em voo no Aeroporto Internacional de Salvador

“Um comissário tinha autorizado que ela colocasse embaixo (junto aos pés), mas o comandante veio e disse que não podia. Como estava tudo cheio, ela pediu para ele arranjar um local para colocar. Ele, então, pegou e enfiou (bolsa) com grosseria no bagageiro”, disse o artista.

Érico afirmou que a atitude foi “peculiar de quem é racista” e questionou o tratamento do comandante. “Ele pediu para que eu deixasse o avião porque eu era uma ameaça, sendo que ele que me agrediu. Me senti extremamente impotente”, afirmou.

Presente na mesma aeronave, a presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), Célia Domingues, também considerou que houve racismo. “Não usaram palavras (racistas), mas com certeza o tratamento foi. Foram extremamente grosseiros. O comandante cismou que Érico colocou o dedo na cara dele e ele não colocou. Então, começou o bate-boca”.

Após serem acionados, os policiais federais disseram que o comandante era a maior autoridade dentro de um voo e, como ele se negava a continuar a viagem com o casal no avião, o ator e a mulher tiveram que sair. Um grupo de passageiros ficou insatisfeito com a decisão e desceu da aeronave junto com o casal.

“Me forçaram a descer e depois me colocaram em um ônibus para ser levado até o pátio. Nem acompanharam a gente no pátio. Como sou uma ameaça e sou colocado em outro voo?”, questiona Érico.

Depois de registrar ocorrência na Agência Nacional de Aviação (Anac), o casal e os demais passageiros foram deslocados para um voo da Gol. Érico disse que também pretende registrar queixa por dano moral e racismo no Rio de Janeiro.

A Avianca, por meio da assessoria, negou qualquer ato de racismo e disse que a empresa “despreza qualquer tipo de manifestação preconceituosa”. A aérea também alegou que o desentendimento estava comprometendo a pontualidade do voo e em respeito aos demais passageiros foi solicitada a saída do casal.