Grafiteiro é preso em SP após apagar tinta cinza sobre sua obra

O grafiteiro Mauro Neri foi preso pela Polícia Militar na tarde desta sexta-feira, dia 27, após apagar a tinta cinza passada pela Prefeitura de São Paulo sobre um graffiti de sua autoria. Com aval da gestão anterior, a obra foi feita em uma pilastra no Complexo Viário João Jorge Saad (Cebolinha), na zona sul de São Paulo.

Mauro Neri foi acusado de crime ambiental e assinou um termo circunstanciado. Ele já foi liberado. Em entrevista ao jornal “Estadão“, o artista explicou o caso. “Eu estava removendo o cinza e escrevendo novas frases em um lugar onde eu já tinha autorização”, disse.

Mauro Neri foi acusado de crime ambiental e assinou um termo circunstanciado

O grafiteiro estava acompanhado por um grupo de cinegrafistas espanhóis que fariam um documentário sobre street art. Neri afirmou que, ao ser abordado, foi questionado pelos policiais se ele era um pichador que eles procuravam.

O graffiti apagado era parte do projeto “Cartografitti”, da Secretaria Municipal de Cultura, contemplado pelo edital “Arte na Cidade”. Neri coordenou a iniciativa.

De acordo com o texto de apresentação no site da pasta, a proposta “faz um recorte no mapa da cidade de São Paulo por meio de uma série de intervenções em 21 locais estratégicos que contou com a participação de diversos artistas da cena street art local”.

Quer saber mais sobre a polêmica envolvendo o graffiti e o pixo em São Paulo? Assista ao vídeo abaixo: