Jornalista destaca cinco coisas que fazem de você um idiota no carnaval

#CarnavalSemAssédio: anote as dicas que valem no carnaval e também pra vida depois da folia

Apesar de parecer óbvio que uma mulher não é obrigada a aceitar qualquer forma de assédio ou abuso, que também é chamado por aí de cantada ou xaveco (equivocadamente, diga-se), o jornalista Leonardo Sakamoto destacou algumas dicas pra você, ou aquele seu amigo, que ainda não entenderam que o bom do carnaval é se divertir – sem oprimir, sem abusar, sem vacilo.

O texto é dedicado a todos os foliões que ainda tem dúvida sobre como entrar no clima da festa numa relax, numa tranquila, numa boa. E o mundo agradece:

1) O significado de “não” é “não”. Não é “talvez”, muito menos “quem sabe” ou ainda “insiste que pode rolar”. Um “não” não te diminui como pessoa, faz parte da vida. Mas deixar de aceitá-lo, faz de você um idiota.

2) Usar frases como “Onde você acha que vai vestida assim?”, “A culpa não é minha, olha como você tá vestida!”, “Se saiu de casa assim, é porque está pedindo”, “Mas é carnaval, vadia!”, “Quem está aqui sozinha é porque quer isso” e “Me dá um beijo que eu te solto” faz de você um idiota.

3) Chamar mulheres, em qualquer circunstância, de “prostitutas” e “vadias” como xingamento genérico para qualquer comportamento em desacordo com seus planos de “conquista” faz de você um idiota. E tratar as prostitutas com respeito diferente daquele dispendido a qualquer outra trabalhadora também faz de você um idiota.

4) Segurar mulheres pelos cabelos, braços, pescoço, cintura ou qualquer outra parte do corpo sem que ela tenha lhe dado expressa autorização para tanto faz de você um idiota.

5) Achar que assédio ou violência sexuais são “brincadeira de carnaval” e “molecagem” faz de você e de quem passar a mão na sua cabeça pelo ato um idiota. Tratar mulheres transexuais que estão na folia com o desrespeito que você não dá às demais faz de você um idiota. Achar que carnaval é passeio em açougue de carne faz de você um idiota.