Jovens denunciam mortes de ativistas em Fórum Mundial da Água

Por Juan Domingues, do Engajamundo

Você sabia que o Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores dos direitos humanos no mundo? A ONG Engajamundo, acompanhou as negociações no Fórum Mundial da Água e constatou que muito pouco foi discutido nos espaços de poder sobre recentes assassinatos, como o de Paulo Nascimento, ambientalista que denunciava a atuação criminosa de uma empresa mineradora norueguesa no Pará, e Marielle Franco, vereadora e defensora dos direitos humanos no estado do Rio de Janeiro.

Estudantes fazem protesto no Fórum Mundial da Água em Brasília

Por conta desse retrato, a ONG fez uma ação denunciando a negligência do poder público na proteção de pessoas que, em muitos dos casos, estão agindo para assegurar direitos que deveriam ser garantidos pelo estado.

A ação aconteceu durante o encerramento do Fórum Mundial da Água, nesta sexta feira, 23. Os jovens simularam a morte de pelo menos dez ativistas sociais e ambientais que perderam suas vidas lutando por causas que acreditavam.

Segundo Bruna Luiza, integrante do Engajamundo em Brasília, “isso não é novidade e nem vem de hoje, muitas dessas mortes estão associadas a conflitos relacionados à água e território. O nosso papel é denunciar e fiscalizar o poder público para que todas essas mortes não tenham sido em vão”.

O fórum mobilizou cerca de 97 mil pessoas durante seus seis dias, com mais de 10,5 mil pagantes — 7.000 brasileiros e 3,5 mil estrangeiros, sendo que cada ingresso chegou ao valor de R$1.500.

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