Morador de Pinheiros vive 25 anos mais que o de Cidade Tiradentes

O Mapa da Desigualdade de 2016 apresenta dados sobre saúde, educação, cultura, mobilidade, segurança e habitação

Os moradores do Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, vivem aproximadamente 25 anos a mais que os de Cidade Tiradentes, no extremo leste. É o que revela o Mapa da Desigualdade de 2016, um estudo apresentado pela Rede Nossa São Paulo nesta quarta-feira, dia 31 de agosto.

Na média, quem mora no bairro da zona oeste vive 79,67 anos, enquanto na zona leste não passa de 53,85 anos. A desigualdade entre as regiões é causada pela exposição de Cidade Tiradentes a uma situação de grande vulnerabilidade social.

A pesquisa reúne dados até 2015 sobre saúde, educação, cultura, mobilidade, segurança e habitação. As taxas apresentadas foram calculadas a partir de informações econômicas e sociais fornecidas pela Prefeitura e outros órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O morador de Alto de Pinheiros tem uma melhor qualidade de vida que o de Cidade Tiradentes

O mapa mostra, por exemplo, que o bairro de Moema, zona sul, não tem favelas. Já o distrito de Vila Andrade, na região do Morumbi, também na zona sul, tem o maior percentual de favelas, 49,10%, levando em conta o número total de domicílios.

Em relação ao acesso à saúde, as diferenças continuam bastante expressivas. Na Vila Medeiros, zona norte, a divisão do total de leitos privados ou públicos para cada grupo de mil habitantes da região tem uma taxa mínima, de 0,041. No entanto, o ideal seria uma taxa entre 2,5 e 3. Na Bela Vista, região central, esse número chega a 46,45.

Quando o tema é gravidez na adolescência, o percentual de nascidos cujas mães tinham 19 anos ou menos sobre o total de nascidos de mães residentes atinge 19,41% em Perus, zona norte. No Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste, o número é de apenas 0,117.

Já a taxa de homicídios por distrito em Marsilac, extremo sul, é de 4,95 por 10 mil habitantes. Em Perdizes, o mesmo dado é de 0,354. Leia o relatório na íntegra aqui.

Com informações do Estadão