Morre último rinoceronte-branco do norte macho no Quênia

Agora, a espécie tem apenas duas fêmeas sobreviventes em todo o mundo

O rinoceronte vivia desde 2009 na reserva natural Ol Peteja Conservancy
O rinoceronte vivia desde 2009 na reserva natural Ol Peteja Conservancy

Sudan, o último rinoceronte-branco do norte macho, morreu aos 45 anos nesta segunda-feira, dia 19, no Quênia, por causa de problemas de saúde relacionados à idade avançada. Agora, a subespécie tem apenas duas fêmeas sobreviventes no mundo inteiro.

Em comunicado, a direção da reserva natural Ol Peteja Conservancy, onde o animal vivia desde 2009, informou que “a equipe veterinária tomou a decisão de praticar a eutanásia” após um agravamento considerável do estado de saúde de Sudan.

O rinoceronte nasceu em 1973, em Shambe, no Sudão do Sul, e, nesta época, havia quase 700 animais do mesmo tipo vivos. A morte de Sudan representa a extinção dessa subespécie, mas os cientistas coletaram seu material genético e estão tentando desenvolver técnicas de fertilização in vitro para preservação.

Em 2008, a espécie foi considerada extinta em vida selvagem, quando restavam apenas quatro animais em reservas de preservação ambiental. Por isso, Sudan vivia 24 horas por dia acompanhado por três guarda-costas armados com escopetas e rifles semiautomáticos.

A medida servia para aumentar a segurança do rinoceronte e evitar que ele fosse caçado como os seus antepassados para retirada e venda de chifres na Ásia, para cura de diversas doenças.

Os animais viraram alvo de caçadores em 2010, após um político vietnamita declarar que se curou de um câncer com o pó do chifre de um rinoceronte-branco do norte.

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