Boatos circulam nas redes em meio à greve dos caminhoneiros

Com informações da BBC Brasil

Greve de caminhoneiros provoca fila para abastecimento de combustível em posto de gasolina no Rio de Janeiro
Créditos: Tomaz Silva/Agência Brasil
Greve de caminhoneiros provoca fila para abastecimento de combustível em posto de gasolina no Rio de Janeiro

Em meio ao quinto dia da greve dos caminhoneiros, notícias falsas têm circulado nas redes sociais e aumentado o pânico da população em relação ao abastecimento. A paralisação provocou uma corrida aos postos de gasolina e a divulgação de informações sobre uma possível falta de alimentos nos mercados.

Gravações que circulam em grupos de WhatsApp sugerem às pessoas que “se previnam”. “Olá, pessoal, aqui quem fala é o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil. Quero falar para vocês se prevenirem, avisem suas famílias, vão no mercado, comprem comida, abasteçam seus carros, se previnam. Vai trancar tudo. A guerra está começando. Greve já”, diz o áudio.

No entanto, de acordo com informações da BBC Brasil, o conteúdo é falso: não existe um “Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil” e, mesmo que a paralisação cause impactos na distribuição de combustível e produtos, ainda não há a necessidade de estocar alimentos a longo prazo.

Em entrevista ao veículo, Maurício Lima, sócio-diretor da consultoria Ilos, especializada em logística e distribuição, explicou que o fornecimento em grandes cidades como São Paulo tende a se normalizar muito rapidamente após o fim da greve.

Placa colocada no supermercado Carrefour após a greve

“O estoque não fica mais na loja. Então, uma falta de combustível pode gerar uma certa escassez momentânea, mas assim que a greve acabar, o retorno dos produtos às gôndolas também é imediato, porque não depende da indústria. O estoque já está lá”, afirmou Lima.

Além disso, uma corrida a supermercados e postos de gasolina pode acabar piorando a situação dos próprios consumidores, pois aumenta os preços e piora a escassez. Caso muitas pessoas corram aos mercados ao mesmo tempo, é maior a chance do desabastecimento realmente acontecer.

Veja a reportagem na íntegra.

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