Polícia conclui inquérito de estupro coletivo no Rio

Com informações do G1

O crime que chocou o Brasil teve sua investigação concluída nesta sexta-feira, 17. A Polícia Civil divulgou o resultado das perícias do caso da jovem de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Morro da Barão, na Zona Oeste do Rio.

Com a conclusão do inquérito, sete pessoas pessoas foram indiciadas. Os indiciados por estupro de vulnerável e divulgação de imagens são: Raí de Souza, que gravou e transmitiu o vídeo; Raphael Duarte Belo, que fez uma selfie e transmitiu o vídeo; e um menor conhecido como Perninha – neste caso, o processo será desmembrado e encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude, e ele responderá por ato infracional análogo aos crimes.

Por estupro, serão indiciados Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, e um dos traficantes do Morro da Barão e Sergio Luiz da Silva, o Da russa, chefe do Morro da Barão. Outros dois serão indiciados por divulgação das imagens: Michel Brasil da Silva e Marcelo Miranda. O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte, que chegou a ser preso, não vai ser indiciado por nenhum crime, por falta de prova.

“Hoje eu estou trazendo a conclusão do inquérito. É um crime que chocou o Brasil e vai fazer história no país, até pela forma hedionda que ele foi praticado”, afirmou a delegada Cristiana Bento. “A polícia trabalha com prova técnica. Foram sete indiciados neste crime. Por uma perturbação ou trauma pode ter ficado uma falsa memória. Se houver mais, estou apurando peças para eventuais participantes”, acrescentou.

De acordo com a delegada, o celular do Raí era uma das principais fontes das investigação. “Raí em seu depoimento ele disse que tinha jogado fora. A gente sabia que era a principal fonte de prova o celular de Rai. A gente tinha que procurar a todo custo. Mais de dois mil perfis de Facebook e Twitter foram investigados”, afirmou.

“Arquivos e imagens encontradas no celular do Rai serão enviadas à Dcod [Delegacia de Combate às drogas] para investigar possível envolvimento com o tráfico de drogas da região”, disse a delegada Cristiana. A análise pericial do aparelho feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e entregue à delegacia nesta quinta-feira, 16.

Veja mais informações sobre a conclusão do inquérito no site do G1