Prefeitura avaliará ocupações com apoio de movimentos de moradia

Um dia após o desabamento do edifício Wilson Paes de Almeida, no centro de São Paulo, que deixou ao menos quatro pessoas desaparecidas, a Prefeitura de São Paulo anunciou a criação de uma força-tarefa que avaliará o nível de criticidade de ao menos 70 ocupações, em edifícios, existentes na cidade.

A ação, que será apresentada na próxima segunda-feira, 7, contará com a participação de ao menos oito secretarias da gestão Bruno Covas (PSDB) – entre elas, habitação, direitos humanos, assistência social, urbanismo, Serviços e Obras – e terá coordenação da defesa civil, além da participação das prefeituras regionais referentes às ocupações.

Cerca de 20 movimentos de moradia devem participar da força-tarefa que avaliará potenciais riscos nos edifícios ocupados

O projeto de vistoria, previsto para 45 dias de duração, envolverá também a participação de especialistas de universidades e movimentos de moradia que ajudarão a avaliar as condições dos prédios ocupados.

Confiante com o apoio dos sem-teto, o prefeito ressaltou que anseia pela cooperação das cerca de 5.500 famílias que ocupam os edifícios. “Justamente por isso queremos a participação dos movimentos de moradia, para ajudar a elaborar esses critérios, e também ajudar a prefeitura a entrar nesses espaços para fazer o levantamento”.

Prefeitura não descarta reintegração de posse em casos de risco 

Na coletiva de imprensa realizada no início da noite desta quarta-feira, 2, o prefeito não descartou o uso da força policial em casos de ocupações que ofereçam risco aos moradores. “Podemos solicitar o auxílio judicial, havendo qualquer iminência de risco. As equipes que estão fazendo as vistorias são técnicos da prefeitura. Eles tem todo o poder de fazer qualquer ação, caso verifiquem uma iminência de risco”.

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