Projeto educativo incentiva jovens a mapearem suas comunidades

Por Marjorie Ribeiro

Luana Medeiros da Silva tem 16 anos, cursa o 1º ano do Ensino Médio e mora na Brasilândia, bairro periférico da zona norte de São Paulo. Semanalmente ela se encontra com um grupo de amigos para sair pelas ruas do bairro portando um bloco de notas, máquina fotográfica e câmera, identificando e registrando os principais espaços do território.

Nessas saídas, além de ter conhecido melhor o lugar onde vive, ela descobriu sua grande paixão: a fotografia. “Aprendi a focar, a não tirar foto tremida e a prestar mais atenção no que as pessoas falam”, relata. “Vou querer fazer faculdade de jornalismo e trabalhar com isso”, complementa.

Tommy Pietra
Todas as informações são reunidas em fliperamas em seis Unidades Básicas de Saúde, em São Paulo

A adolescente é uma das 72 participantes do Projeto Fliperama, desenvolvido em seis Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Paulo: Jardim Independência, Jardim São Marcos e Jardim São Luiz em Embu das Artes; D. Pedro I, em São José dos Campos; Vila Terezinha e Sylmaria. Em cada uma delas, 12 jovens orientados por um educador mapeiam a comunidade em que vivem e discutem as principais questões que surgem dessa pesquisa de campo.

Vídeos, textos, fotos e ilustrações são reunidos em um mapa virtual que pode ser consultado nos terminais, que são na verdade computadores disfarçados e adaptados sob carcaças de antigos jogos de fliperama, instalados nas UBSs da região. Conectadas diretamente ao site do projeto, as máquinas são atualizadas com os conteúdos produzidos pelos jovens, à medida que novas incursões são feitas nas comunidades. Leia a matéria na íntegra no Portal Aprendiz.