Projeto leva às ruas relatos de mulheres da região do rio Tapajós
O coletivo Clímax Brasil lançou um projeto em outubro com o objetivo de disseminar as vozes das mulheres da bacia do rio Tapajós para um público mais amplo, principalmente no sudeste do país. A série, intitulada Mulheres Tapajônicas, consiste em ilustrações e lambes com relatos das moradoras da região.
Os depoimentos abordam temas como os impactos socioambientais das hidrelétricas, modelo energético brasileiro, mudanças climáticas, segurança alimentar, desmatamento, acesso à água, mineração e protagonismo feminino. As entrevistas foram feitas durante o mês de agoto, quando integrantes do coletivo participaram da II Caravana em Defesa dos Povos do Rio Tapajós, em Itaituba, no Pará.
“Queríamos ouvir das mulheres, que geralmente são ignoradas em processos de tomada de decisão, sobre como os megaprojetos em andamento e em planejamento na bacia do Tapajós já estão afetando suas vidas, de suas famílias, de suas comunidades e costumes”, conta Juliana Russar, integrante do Clímax e responsável pelo projeto.
As ilustrações e pôsteres, além de estarem disponíveis neste link, podem ser baixadas e espalhadas pelas cidades por qualquer pessoa interessada.
Os povos do rio Tapajós, no norte do Brasil, estão sendo profundamente afetados por grandes projetos de infraestrutura (hidrelétricas, portos, hidrovias) e pelo extrativismo em larga escala, como se não bastassem as mudanças climáticas que já afetam esses povos e seus meios de vida.
Como participar da ação
- Clique aqui, faça o download do arquivo e o imprima;
- Você não sabe como fazer para espalhar os pôsteres lambe-lambe? Saiba como aqui;
- Saia pela cidade, de preferência com outras pessoas, e espalhe a intervenção por onde quiser;
- Registre esse momento (pode ser em vídeo ou em fotos, como preferir);
- Marque nas redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram, etc.) com a hashtag #TapajósVivo e marque e compartilhe sua foto no mural do Clímax Brasil no Facebook.
O coletivo
O Clímax Brasil é um coletivo criado com o objetivo de “tirar as mudanças climáticas do armário”, isto é, trazer o tema para a realidade do jovem brasileiro, estimulando o seu engajamento.
O coletivo atua desde 2013 realizando intervenções nas ruas, promovendo oficinas, produzindo conteúdo web, participando de eventos e mobilizações, todos relacionados ao tema das mudanças climáticas. Até o momento foram mais de 70 ações, atingindo cerca de 3 milhões de pessoas.
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