Sapatos ocupam lugar de manifestantes após marcha ser cancelada em Paris

Botas, tênis e chinelos de crianças são alguns dos milhares de sapatos que ocuparam a praça parisiense de onde sairia a marcha pelo clima neste domingo (29). A mobilização, agendada para a véspera da COP21, foi cancelada pelas autoridades francesas devido ao reforço de segurança após os recentes atentados terroristas na cidade.

Os sapatos foram colocados na Praça da República, onde uma estátua e uma escultura foram transformadas em monumentos em memória das vítimas dos atentados de janeiro e novembro. O local também está repleto de flores, velas e outras homenagens.

Sapatos ocuparam lugar de manifestantes em Paris

A Avaaz, movimento mundial de mobilização da sociedade, organizou o protesto e recolheu mais de quatro toneladas de sapatos na última semana. A ONG pediu a todos que participariam da marcha pelo clima em Paris para enviarem um par de sapatos.

Alguns dos calçados tem donos conhecidos, como o do Papa Francisco, do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e da atriz francesa Marian Cotillard. Os sapatos foram orientados em direção da praça La Nation, onde a manifestação deveria terminar.

Cerca de 140 chefes de Estado se reúnem nesta segunda-feira (30) em Paris, na abertura da conferência das partes das Nações Unidas sobre o clima (COP21), que tem duração de duas semanas. O objetivo é chegar a um acordo sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera para conter a elevação da temperatura média do planeta em dois graus.

Neste fim de semana, milhares de cidades em todo o mundo fizeram marchas em defesa do clima para conscientizar sobre a necessidade de adotar medidas, enfrentar as alterações climáticas e os fenômenos extremos associados a elas.