Skatistas e moradores negociam convivência na Praça Roosevelt

Após brigas pelo espaço, praticantes do esporte e moradores da região conversam para chegar a um acordo

O chão é perfeito para o skate, que tenta dividir o espaço com os passantes

Em uma reunião realizada recentemente, skatistas frequentadores da Praça Roosevelt  e moradores da região tentaram chegar a um acordo sobre a convivência no “novo” espaço . Entre os pontos levantados estão um limite de horário para a prática do skate, que ficaria proibido depois das 22h, e uma área da praça reservada para o esporte, localizada próxima à Rua da Consolação.

A intenção é levar para a Prefeitura de São Paulo um plano de ação que regulamente o uso da praça pelos amantes das rodinhas. A coordenação das Subprefeituras, até o momento, apenas garantiu que participará dos encontros entre moradores, a fim de “harmonizar a convivência” do local.

Querela

Depois de dois anos de reforma, a Praça Roosevelt, no Centro, foi reinaugurada no dia 29 de setembro. Com menos de um mês de existência, contudo, uma grande polêmica já envolveu moradores e frequentadores do local: a disputa de espaço entre transeuntes e skatistas.

Os bancos e corrimões viram “obstáculos”, o que aumenta o barulho

Devido à melhor iluminação e aos novos espaços para descanso e passeio, um grande número de pessoas começou a ficar na Roosevelt até as horas mais avançadas da noite. A maioria joga bola, anda de bicicleta, skate e passeia sozinho ou com animais. Mas a livre convivência gera alguns problemas.

Os skatistas argumentam que o chão da praça, feito de concreto acabado, é o ideal para a prática do esporte e que mesmo bem antes da reforma, nas épocas em que o local estava abandonado, eles já andavam por ali. Portanto seria injusto tirá-los justo agora que ela foi reformada.

Os moradores, do outro lado, reclamam que eles oferecem perigo quando passam em alta velocidade entre as pessoas, oferecendo riscos de colisões, e que o barulho é alto e constante até o meio da madrugada, o que atrapalha o sono dos habitantes da região.

Algumas das conversas abordam uma possível regulamentação do skate na praça