Sua polícia te trata bem? Aplicativo denuncia abordagens abusivas

Em Nova Jersey, nos Estados Unidos, a American Civil Liberties Union (ACLU) lançou recentemente o aplicativo gratuito “Police Tape”, que permite o usuário a gravar discretamente quando abordado pela polícia. O app também dá a opção ao usuário postar a ação no direto no site da ACLU.

A ferramenta chega em um momento em que se torna cada vez mais comum o compartilhamento de vídeos que mostram atuações abusivas das autoridades em todas as partes do mundo. Não é preciso muita busca para achar esse tipo de documento em players de vídeo.

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O app também detalha os direitos do cidadão no caso de abordagem em diversos lugares
O app também detalha os direitos do cidadão no caso de abordagem em diversos lugares

A executiva chefe da ACLU de Nova Jersey comentou a respeito do app, que “muitos dos incidentes de conduta abusiva por parte dos policiais não é reportado pois boa parte das vítimas não os reportam, pois crêem que as autoridades não vão acreditar nelas”. Dessa forma, “a nova ferramenta é uma forma de empoderar os cidadãos por meio da tecnologia,e assim, checar a atuação policial diretamente”. O aplicativo está disponível apenas para android.

No Brasil

Estáticas mostraram, recentemente, que a polícia de São Paulo matou muito mais do que a polícia estadunidense no período entre 2005 e 2010. O Estado de São Paulo, com 41,3 milhões de habitantes, teve 2.262 mortos, enquanto o país norte americano, com seus 313 milhões de habitantes, teve 1.963. Esses números revelam que a Polícia Militar paulistana matou, proporcionalmente, mais do que 10 vezes mais pessoas do que a corporação estadunidense. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Uma das leituras possíveis diante dessa estatística é a de que a polícia paulistana é despreparada em suas abordagens a suspeitos. Exemplo desse tipo de ação pode foi visto na manifestação contra a corrupção, quando o ator Pedro Urizzi foi detido sob a acusação de desacato a autoridade. Urizzi, por outro lado, apresentou uma versão diferente dos fatos. O vídeo de sua prisão circulou nas redes sociais e reforça sua versão (para conferir, clique aqui).