11 coisas racistas que os orientais estão cansados de ouvir

Texto escrito por Marcela De Mingo e publicado no Superela

Você com certeza teve um amigo de ascendência oriental na escola que era chamado de “japa” pelos outros. Em um país tão vasto e miscigenado como o Brasil, é normal que existam pessoas de todas as raças e credos, mas é uma mentira achar que não existe racismo (como a gente já falou muito por aqui) ou que esse racismo acontece exclusivamente com a população negra.

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Por terem traços físicos bastante marcantes (entenda: os olhos mais alongados), é muito comum os descendentes de orientais receberem apelidos e ouvirem comentários relacionados à sua aparência física – e totalmente ligados à raça –, e que consistem em atos de racismo. Podem ser coisas pequenas, como uma brincadeira sobre “abrir o olho” ou então uma piada (sem graça) sobre o órgão genital masculino, mas os asiáticos sofrem, sim, muito preconceito no Brasil.

Se você quer entender melhor como isso funciona por aqui – e como mudar esse comportamento – continue lendo as frases abaixo:

1.”Mas você é japonês, coreano ou chinês?”

Repita comigo: BRASILEIRO(A). Se uma pessoa nasceu no Brasil, ela obviamente é brasileira. Quando você pergunta para um descendente de oriental de qual nacionalidade ele é, você desmerece o fato de que ele nasceu e cresceu por aqui. É como se ele ainda fosse visto como um estrangeiro, como alguém “de fora”. Ele não é incluído. Como essas três nacionalidades citadas acima têm um traço físico muito característico, assumimos imediatamente que essas pessoas “não são brasileiras”, mesmo nascendo aqui.

2.”E aí, japa!”

Ao chamar uma pessoa de “japa”, de “coreia” ou de “chinês” por conta dos seus traços físicos, você ignora que ela tem um nome e uma identidade próprias. Você joga nela toda uma carga cultural da qual ela não necessariamente faz parte e generaliza a sua vivência. Ela deixa de ser uma pessoa para ser uma representante de toda uma cultura. A pessoa pode ter descendência japonesa, mas nunca ter contato com o Japão, por exemplo.

3.”Abre o olho, japonês”

Aqui, o ponto é mais ou menos o mesmo que os demais. Sim, japoneses, coreanos e chineses têm um olho com formato diferente, “puxado”, mas isso não significa que o olho dele é “errado” e o seu é certo. Dizemos que os orientais precisam “abrir o olho” porque assumimos que eles não enxergam bem por conta do formato do olho. Isso obviamente não é verdade, e implica que existe alguma coisa errada com a fisionomia dessas pessoas, que elas são diferentes e precisam se adaptar ao que a  gente considera certo. Essa (má) influência ocidental é tão forte, que o desejo de muitas dessas pessoas é ter um olho no estilo ocidental – e muitos recorrem à cirurgia plástica para conseguir isso.

4.”Asiático é tudo igual”

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