Seis em cada dez consumidores já compraram por impulso na internet

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A internet é um ambiente bastante propício para as compras impulsivas. Segundo um levantamento realizado com internautas de todas as capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, seis em cada dez (58%) consumidores virtuais já realizaram alguma compra online não planejada. Esse comportamento é mais comum entre os consumidores com idade entre 18 e 25 anos (61%), pertencentes às classes A e B (63%) e com pós-graduação (70%).

As roupas lideram o ranking de produtos que mais seduzem os internautas nas ofertas virtuais. Entre os consumidores virtuais de vestuário, 40% afirmam que o principal motivo para compra foram as “ofertas com preços imperdíveis”. O percentual surge com mais força entre a parcela masculina de entrevistados (46%). Em segundo lugar aparecem os acessórios de moda, como cintos e bolsas, com 32% de citações (38% entre os homens). Outros itens em que as ofertas “imperdíveis” se destacam como principal motivo da compra não planejada foram os calçados (31%), DVDs e CDs (31%), eletrônicos (30%), cosméticos e perfumes (29%), brinquedos (29%) e comida delivery (28%).

Propagandas personalizadas

Como no ambiente virtual o consumidor está menos envolvido sensorialmente com os produtos do que em lojas físicas – as quais proporcionam ao comprador a possibilidade de tocar, experimentar e sentir – os e-commerces usam algumas estratégias para seduzir o internauta. A principal delas é o ‘remarketing’, que nada mais são do que aqueles anúncios personalizados que mostram apenas produtos que realmente interessam ao usuário. O reconhecimento dos assuntos de interesse e gostos dos internautas é feito por meio das configurações do navegador, que indicam que o consumidor já entrou em determinada página e pode, potencialmente, se interessar por uma oferta de produto.

“Sem dúvida que a praticidade, a agilidade e a segurança de se adquirir o produto desejado em apenas um click contribui consideravelmente para as compras impulsivas em lojas virtuais”, comenta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Ela orienta que o internauta deve utilizar a internet ao seu favor, aproveitando a ferramenta para comparar preços e características de produtos em diferentes sites.