6 em cada 10 médicos formados em SP são reprovados em avaliação
Resultado de exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) de 2016 apontou que mais da metade dos médicos formados em SP vão para o mercado de trabalho sem conhecimentos básicos da profissão que envolve os cuidados com o paciente.
Sendo assim, quase seis em cada dez profissionais formados seriam reprovados na avaliação. Sete das nove áreas da prova apresentaram resultados insatisfatórios. As médias mais baixas dos recém-formados foram em saúde pública/epidemiologia (49,1), pediatria (53,3) e obstetrícia (54,7).
É preciso acertar mais de 60% das 120 questões para ser aprovado. Apenas 43,6% dos 1.166 participantes atingiram a pontuação exigida.
O exame mostrou que 80% deles não souberam interpretar uma radiografia e erraram o tratamento de paciente com idade avançada. E mais: 71% não acertaram o diagnóstico e tratamento para hipoglicemia de recém-nascido, problema comum nos bebês.
Segundo os dados, o índice de reprovação de 2016 (56,4%) cresceu se comparado à prova do Cremesp em 2015 (48,1%). No entanto, a média de avaliação se mantém com os anos, com um pico em 2008, quando a reprovação chegou a 61,0%.
Universidades públicas X privadas
As escolas médicas privadas apresentaram pior desempenho em relação às públicas, com 33,7% contra 62,2% de aprovação, respectivamente. Vale lembrar que o exame não é obrigatório para que médicos possam exercer a profissão.
Instituições como USP, Unicamp, Unifesp e Santa Casa começaram a exigir essa avaliação a partir do ano passado para entrar em programas de residência médica. Confira mais informações na Folha de S.Paulo.