7 provas de que falar sobre bullying é um grande mimimi mesmo

29/09/2016 11:38 / Atualizado em 07/05/2020 04:13

O mundo anda chato pra caramba, não é mesmo? Onde já se viu cercear a liberdade dos indivíduos de fazerem piadinhas sexistas, racistas, homofóbicas, gordofóbicas e de exclusão tão importantes para o detrimento psicológico das pessoas à sua volta.

Poxa, cadê a liberdade de expressão que faz com que as vítimas se suicidem e passem por traumas eternos. É por isso que o Brasil não vai pra frente. Confira sete motivos que provam que o tal bullying é um mimimi mesmo:

1. Não poder mais apelidar o colega negro com referências ofensivas que o rebaixam e marginalizam

 
 

Dizem que o bullying é uma forma de violência, que leva jovens à depressão e ao suicídio. E aí a OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda falou que tirar a própria vida já é a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade. Pode isso?

2. Parar de xingar sistematicamente o “viadinho” da sala para que ele vire homem

 
 

Para piorar, um pessoal da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) divulgou uma pesquisa que mostra o quanto o preconceito a homossexuais e transexuais ainda precisa ser combatido no ambiente escolar. Então, 32% dos LGBTs entrevistados afirmaram sofrer preconceito na sala de aula por causa de sua orientação sexual. Há um jovem que morreu por conta de ataque homofóbico na escola.

3. Excluir da minha turma de amigos aquela menina que mora na periferia e se “veste de pobre”

 
 

Lugar de pobre não é na universidade ou lugares feitos para quem tem outro perfil socioeconômico. Preto e favelado, que nunca teve oportunidades e reconhecimento na vida, ainda fazem protesto segurando placas com as frases preconceituosas que já ouviram.

4. Assediar minhas colegas todos os dias na hora do intervalo da aula mesmo sem o consentimento delas

Porque o corpo da mulher está à disposição do homem, claro. Quem manda vestirem shorts e roupas curtas na educação física, os meninos são se controlam. A escola tenda proibir, mas elas insistem e ainda fazem manifestação.

5. Parar de criar memes com uma foto daquele garoto tímido ou montar perfis falsos e atormentar outras pessoas

O nome disse é cyberbullying, quando você zoa seu amigo na internet. Contaram até que uma jovem de 16 anos, na Escócia, tinha depressão e se matou após sofrer bullying de perfis falsos no Facebook. Tudo piorou com os traumas que os agressores deixaram.

6. Não constranger diariamente minha professora na sala de aula dizendo o quanto ela é “gostosa” e intimidá-la

 
 

Ela é uma profissional e merece respeito, dizem. Ela está ali para compartilhar conhecimento, dizem. Não pode nem fazer uma piadinha. Teve uma professora que até usou duas maçãs como ~exemplo~ para atitudes que podem ser aparentemente inofensivas mas são capazes de machucar e ferir os outros.

7. Evitar xingar com tom debochado as pessoas gordas da escola e faculdade

 
 

Dar uma diquinha de dieta é pecado agora? A turma do bom senso acredita que não se deve xingar alguém por conta de sua aparência física. Esta jovem aqui ouviou que é gorda demais para usar biquíni e respondeu que mulheres gordas são lindas e podem vestir o que quiserem.

Enfim…

Para bom entendedor, uma dose de ironia basta para entender que bullying não tem justificativa. É por isso que o Catraca Livre lançou a campanha #BullyingNãoÉMimimi, para problematizar sobre a prática e alertar a população dos traumas que as vítimas podem levar ao longo da vida.

Bullying NÃO é mimimi!